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Você conhece o Programa Vida Viva, Bem Viver e ODS, desenvolvido pelo curso de Teatro da UFT?

Por Joice Danielle Nascimento e Daniela Rosante | Revisão: Paulo Aires | Publicado: Sexta, 02 de Junho de 2023, 17h31 | Última atualização em Sexta, 02 de Junho de 2023, 18h24

O programa envolve projetos de extensão que propõe ações em diversas áreas do conhecimento para TransFormAção da vida em Vida Viva!

Você já pensou em fazer parte de um programa extensionista que deseja práticas integradas para que a vida possa ser vivida de forma mais plena e saudável em todas as suas dimensões? Você já pensou em fazer parte de um programa que tenha como propósito transformar realidades através de ações que envolvem diversas áreas de conhecimento e articulação de sociedade civil, poder público, empresariado e terceiro setor? Se sua resposta for sim, você precisa conhecer o Programa Vida Viva, Bem Viver e ODS. 

Desenvolvido pelo curso de Licenciatura em Teatro da UFT, sob coordenação da professora Daniela Rosante Gomes, o Programa Vida Viva Bem Viver e ODS é uma ação de extensão com diferentes frentes de atuação, que tem como objetivo integrar ações e projetos de forma transdisciplinar a partir das filosofias-práxis de Vida Viva e Bem Viver. O programa, já desenvolve dois projetos principais: Vida Viva no Circo e na Escola: Arte, Ecologia e Ciência com Consciência e Vida Viva no Circo com Carlos Gomide da Carroça de Mamulengos. Ambos envolvem as filosofias-práxis da Vida Viva, inspirada no ideal de fartura e abundância para todo ser vivente, e do Bem Viver, inspiradas em modos de organização de comunidades tradicionais da América Latina e África.

As ações do programa abrangem diferentes campos do conhecimento, como artes, humanidades e ciências, com foco na ecologia e na transformação socioambiental. As atividades desenvolvidas também buscam contribuir para o cumprimento dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2015. Entre parceiros do programa estão a Associação Cultural Circo Os Kaco, do distrito de Taquaruçu; a Companhia Carroça de Mamulengos, de Juazeiro do Norte-CE; a Escola Municipal Crispim Pereira Alencar, de Taquaruçu; o Instituto Federal do Tocantins, Câmpus Palmas e o Sesc Tocantins, além de envolver a participação de agentes educacionais, culturais e midiáticos e agroflorestas, à exemplo do Sítio Seis Pétalas de Agroecologia. Também envolve, professoras e professores do Curso de Licenciatura em Teatro e de outros cursos da UFT, como por exemplo o curso de Jornalismo, contando também com apoio da agência Gazeta do Cerrado e do Movimento Vida Viva Taquaruçu, que trabalha no mesmo sentido: promover a vida com qualidade para toda comunidade.

Além dessas parcerias já firmadas, o programa deseja abrigar e unir forças com outros projetos de extensão da Universidade e ou outras ações e pessoas que, dentro e fora da universidade, tenham desejo de desenvolver trabalhos comunitários, aproveitando a oportunidade da curricularização da extensão para estabelecer articulações que venham incentivar e fortalecer as ações junto às comunidades. Como explica a professora Daniela Rosante: “O programa, como o próprio nome diz, tem como centro filosofias que nós desejamos que se tornem ações concretas, a Vida Viva, vida em abundância! E o Bem Viver, que em tudo colaboram para as metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável abraçadas institucionalmente. O desejo é a gente conseguir articular várias áreas do conhecimento e participantes, instituições, setor público, privado, terceiro setor, e pessoas das nossas comunidades a partir de ações que podem ser articuladas tendo como base efetivar o tripé ensino, pesquisa e extensão,  para que possamos estar oferecendo, efetivamente,  um retorno social às nossas gentes, que, enfim, sustentam nosso trabalho na Universidade. O trabalho comunitário, fora dos muros da Universidade, assim como o que acontece dentro da Universidade, faz parte da vocação dessa instituição, pode e deve ser realizado com planejamento, avaliação e todo esmero com que hoje já se realizam as atividades de pesquisa na universidade”.

Conheça algumas das atividades desenvolvidas pelo Programa

As ações do programa são desenvolvidas desde maio de 2022, principalmente  no distrito de Taquaruçu e envolvem tanto o ensino quanto a pesquisa e a extensão. Até o momento articulam as atividades de ensino das disciplinas Práticas Cênicas de Rua e Artes Públicas e Jogos Teatrais e Educação do Sensível com  o projeto de pesquisa em andamento da professora Daniela Rosante, intitulado Carroça de Mamulengos: poéticas de convivência e memórias nas vozes de quem viveu e conta suas histórias, com foco na oralidade, nos saberes e fazeres  tradicionais, além de atividades pesquisa e extensão do professor Paulo dos Santos Batista, do IFTO, que atua na área de permacultura. 

Essas atividades têm como base a combinação de diferentes metodologias, com expressiva utilização dos recursos da Educação Popular, História Oral e escuta das comunidades alvo das ações para elaboração de ações de forma afetiva e efetiva. Entre as atividades realizadas entre maio de 2022 e maio de 2023 estão:

  • Apresentações gratuitas do espetáculo O Babauzeiro com Carlos Gomide da Carroça de Mamulengos, em Taquaruçu e também no Sesc Palmas;
  • Oficinas e atividades de Vida Viva no Circo e na Casa Vida Viva, no projeto Vida Viva no Circo com a Carroça de Mamulengos: Primeiras Ações (2021), oferecendo: Oficina de Vida Viva (alimento coletivo), Oficina de Teatro de Sombras; Oficina de Brinquedos Populares e plantio de mudas e distribuição das mesmas em Taquaruçu;
  • Oficinas de Brinquedos populares no evento extensionista Vida Viva no Circo com a Carroça de Mamulengos: Segundas (Inter)Ações (2022), oferecendo aulas abertas na lona do Circo Os Kaco para estudantes da UFT, grupos artísticos de Palmas e comunidade local de Taquaruçu;
  • Orientação e fomento das atividades do projeto Cidadania no Circo, na área de Circo Social, realizado na Associação Cultural Circo Os Kaco; 
  • Acompanhamento e fortalecimento, articulação e realização de ações com o movimento socioambiental local de moradores de Taquaruçu, Movimento Vida Viva Taquaruçu, que busca combater as queimadas descontroladas e criminosas na região e que busca implementar reciclagem e educação ambiental com moradores locais, gerando renda para a população do distrito.

A importância e continuidade do programa

Para a professora Daniela Rosante, a implementação deste programa é muito importante, não só por ser um elo que intensifica a proximidade da comunidade com a Universidade, mas também porque faz com as pessoas da comunidade se percebam enquanto parte importante da sociedade, enquanto foco de ações integradas por parte da instituição, além de dar mais sentido a muitos processos educacionais que ficam esvaziados muitas vezes no hermetismo das salas de aula: “Nós temos que aproveitar a oportunidade da saída dos nossos muros na curricularização da extensão para servirmos às nossas comunidades. As nossas ações têm mais força quando elas são feitas junto com as comunidades”, pontua a professora.

A professora também destaca a importância do programa para os processos de valorização da universidade e do ensino aprendizagem: “A extensão legitima os nossos trabalhos dentro e fora das salas de aula, mostrando para as pessoas o que a universidade tem efetivamente a oferecer. E ela tem muito! A extensão também oportuniza um campo de formação para os nossos estudantes sem precedentes, porque nessas práticas os estudantes aprendem muito, para além dos livros e laboratórios, aprendem na vida e para a vida, aprendem a resolver problemas, em diferentes situações, aprendem aspectos técnicos, mas não só. Aprendem a ter iniciativa, e a fazer acontecer! Então, esse programa vem articular a implementação desse mergulho mais profundo da nossa Universidade nas nossas comunidades, com união entre pessoas que acreditam nos mesmos ideais”.  

As atividades do programa seguem sendo desenvolvidas ainda neste semestre com intercâmbio de três saberes: no campo da química, com o projeto de saboaria artesanal que será realizado nas escolas de Taquaruçu ainda em junho, com o professor Paulo Batista do IFTO, no campo da arte circense, com o tradicional Festival de Circo de Taquaruçu (décima edição), e no campo da formação artística e de público através da articulação com o SESC, no Festival Jiquitaia. Para o segundo semestre espera-se novas colaborações para fortalecer os trabalhos de disseminar a Vida Viva e o Bem Viver, auxiliando no desenvolvimento do Movimento Vida Viva Taquaruçu, que já conta com preciosos apoios: Associação dos produtores rurais do Mutum, Pontos de Cultura, artistas e grupos locais, comércio local, Governança do Turismo de Taquaruçu, entre outros. 

Da mesma forma, espera-se efetivar novas contribuições, através das articulações do programa, nas escolas locais parceiras, que estão de portas abertas para as ações integradas do movimento com o programa.A expectativa é de que o programa possa firmar parcerias com outros cursos e professores da UFT, e também com outras instituições de Palmas e arredores para multiplicar as práticas de Bem Viver e levar o conhecimento produzido na Universidade para a sociedade. Para os interessados em colaborar com o programa, seja individualmente ou a partir de grupos, projetos, ações, ou até mesmo sugerir  ideias ou ajudar a divulgar as ações, basta entrar em contato com a equipe (em construção) pelo e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. 

 Para conhecer um pouquinho mais do programa, confira as seguintes matérias:

  

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