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Hôôxwa

Seminário do curso de Teatro promove reflexão sobre tradições indígenas

Por Ascom Câmpus de Palmas | Revisão: Paulo Aires | Publicado: Quarta, 13 de Março de 2024, 11h25 | Última atualização em Quarta, 13 de Março de 2024, 11h36

O Núcleo Docente Estruturante do curso de Teatro, do Câmpus de Palmas, da Universidade Federal do Tocantins (UFT), realizou o Seminário híbrido Hôôxwa, com a presença online das lideranças indígenas Dodanin Alves Pereira Krahô e Tais Pôcuhtô Krahô que representaram o ancião conselheiro dos Hôôxwa, Ismael Ahpracti Krahô, conhecido por seu papel na preservação da cultura e tradições desse povo.

De acordo com a organização do evento, “os Hôôxwa são um grupo de indígenas que realizam anualmente o amjĩkĩn (ritual) Pàrti ou Jàt jõ pĩ (Festa da Batata), uma celebração que marca o nascimento da batata-doce, planta fundamental para a sua subsistência. A abóbora é o Hôôxwa (folha amarga) e quando a sua amiga companheira, a batata-doce, se prepara para nascer, ela autoriza a abóbora a fazer essa festa em celebração. Durante a festa, o movimento do corpo dos/as Hôôxwa imita o comportamento das plantas, criando uma atmosfera de alegria, de comicidade e reverência à natureza”, apresentam os organizadores.

O Seminário foi aberto ao público e representou uma oportunidade para estudantes, técnicos, professores e comunidade em geral aprenderem mais sobre a riqueza cultural e espiritual dos Hôôxwa, além de refletir sobre a importância da saudação e da preservação das tradições indígenas.

A professora Bárbara Tavares dos Santos esclarece que o Teatro é uma arte tão milenar quanto a humanidade. “A sua manifestação está ligada originalmente ao rito e à celebração festiva. A transformação numa outra pessoa é uma das formas arquetípicas da expressão humana em diferentes culturas. A dimensão de ação do Teatro, inclui diferentes gêneros cênicos e ritualísticos - isso faz parte dos processos de ensino e aprendizagem do Curso de Teatro”, explica Bárbara.

As expectativas com o evento foram a de descolonizar, de ouvir e de aprender com o Hôôxwa e com os demais membros da comunidade Krahô. “Foi importante saber o que a comunidade pensa e o que ela tem a dizer sobre a homenagem. Um encontro celebrativo em que estiveram presentes lideranças indígenas tradicionais, as mulheres professoras pesquisadoras Reijane Pinheiro da Silva, que é antropóloga do curso de Nutrição da UFT; e Ana Carolina Fialho de Abreu, que é arte educadora, atriz e palhaça do curso de Teatro da UESB; entre outras vozes de professores e de estudantes indígenas e não indígenas do curso de Teatro e de outros cursos da UFT, que nesta polifonia e tessitura de experiências diversas, abrilhantaram o evento”, comentou a professora Bárbara que é presidente do Núcleo Docente Estruturante do curso de Teatro.

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