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SERVIÇO SOCIAL

Servidores da UFT participam de oficina nacional promovida pela Abepss

Por Caroline Carvalho | Publicado: Segunda, 06 de Novembro de 2023, 15h31 | Última atualização em Segunda, 06 de Novembro de 2023, 15h32

Com o tema a “Formação antirracista e projetos societários no contexto da flexibilização do ensino superior”, a Oficina Nacional da Associação Brasileira de Pesquisa em Serviço Social (Abepss), foi realizada nos dias 27 a 29 de outubro, no Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em Recife.

O evento reuniu professores, pesquisadores, alunos (de graduação e pós-graduação), profissionais da área de Serviço Social e áreas afins. Representando a Universidade Federal do Tocantins (UFT), estiveram presentes as assistentes sociais Laranna Prestes e Claudia Coutinho, dos Câmpus de Porto Nacional e Gurupi, respectivamente; e os docentes de Serviço Social do Câmpus de Miracema, professora Celia Albiero e professor Rai Vieira.

As oficinas da Abepss são espaços para a articulação e reflexão política e acadêmica entre as diversas unidades de formação, proporcionando, além do aprofundamento de temas candentes à formação profissional em Serviço Social, o estímulo de várias frentes, como a abertura de novas parcerias institucionais, a articulação entre a graduação e a pós-graduação, o intercâmbio de pesquisas e pesquisadores, o diálogo com as representações de área, entre outros.

Para o professor Rai Vieira, sua participação na Oficina Nacional da Abepss contribuiu para reafirmar a importância do debate da formação antirracista no ensino de Serviço Social em nível de graduação e pós-graduação. "Esta é uma profissão que deve ser entendida no âmbito das relações sociais e que possui uma dimensão interventiva na realidade social. No caso brasileiro, é uma realidade marcada pelas desigualdades de classe, pelo racismo, patriarcado e pelas desigualdades regionais. Dessa forma, a intervenção crítica nesta realidade requisita uma leitura crítica das relações étnico-raciais no capitalismo brasileiro e assume uma postura ético-política contra o racismo conforme o Código de Ética Profissional do Assistente Social de 1993. É uma temática que dialoga diretamente com nossa realidade do Tocantins, considerando que a Universidade tem um grande número de estudantes negros, quilombolas e indígenas", afirma.

Repensar o processo de formação em Serviço Social tanto na graduação quanto na pós-graduação é um dos aspectos levantados pela professora Célia Albiero. "A Oficina nos instiga a rever as ementas das disciplinas, a fim de que esta temática se torne transversal, isto é, que abarque o conteúdo de todas as disciplinas, inclusive o estágio e a supervisão, tanto acadêmica como de campo. Para tanto, enquanto líder do Gepessfep (Grupo de estudo e pesquisa sobre Serviço Social, formação e exercício profissional), é fundamental que, em conjunto com os demais docentes deste grupo, possamos oferecer um curso de aprimoramento intelectual que possa versar a formação antirracista e demais questões que permeiam a temática para alunos, professores da UFT e assistentes sociais em geral!", pontua.

A assistente social na Divisão de Estágio e Assistência Estudantil do Câmpus de Gurupi, Claudia Coutinho, ressalta a importância da discussão frente às demandas recebidas no setor estudantil. "A oficina reforça a importância do debate sobre a questão étnico-racial, que é central no Serviço Social, tendo em vista que o racismo é estrutural em nossa sociedade e se expressa em todos os espaços sociais e, consequentemente, também se manifesta nas demandas que chegam para o Serviço Social dentro das instituições nas quais atuam. Então, avançar na direção de uma formação antirracista é fundamental tanto para compreender as questões étnico-raciais quanto para pensar estratégias de enfrentamento ao racismo, aos estigmas e às formas de opressão e de violação de direitos que atinge a população negra e indígena. Essa oficina nacional da Abepss proporcionou esse momento de formação coletiva que reforça a nossa direção ético-política na defesa dos direitos humanos e  contra todas as formas de opressão e discriminação", declara.

Para Laranna Prestes, assistente social no Câmpus de Porto Nacional, a formação antirracista reforça as perspectivas adotadas pela UFT em sua política de assistência estudantil, considerando a permanência e o bom desempenho acadêmico dos estudantes. "Participar desta Oficina garante novos olhares para o Projeto Piloto de Acolhimento e Permanência dos Estudantes Indígenas e Quilombolas, idealizado e executado neste ano no Câmpus de Porto Nacional. Tem sido animador tratar de políticas de educação e as questões étnico-raciais que envolvem o cerne do projeto; principalmente, a mesa que reuniu pesquisadores de Serviço Social negros e indígenas, sendo este último, um campo de pesquisa recente e de necessário debate na profissão.

A Oficina

A programação da oficina realizada na UFPE envolveu as seguintes atividades: 

- A conferência de abertura, que tratou da "Conjuntura e as Disputas dos Projetos da Educação no Brasil".

- As mesas-redondas, que abordaram os temas: “As relações étnico-raciais na formação em Serviço Social: contribuições dos grupos temáticos de pesquisa da Abepss”; e “Encontro para uma formação antirracista no Serviço Social”. 

- Os Colóquios de Graduação, que debateram a curricularização da extensão; e os de Pós-Graduação, com um debate sobre a hibridização e flexibilização na formação profissional. 

- Reuniões no Fórum Nacional de Discentes da Pós-Graduação; no Fórum Nacional em Defesa do Trabalho e da Formação Profissional do Serviço Social; e reunião com grupos PET (Programa de Educação Tutorial) de Serviço Social.

- O evento terminou com o Fórum de Estágio Supervisionado.

Desse modo, toda a programação foi transmitida pela TV Abepss, no YouTube.

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