Curso de Teatro da UFT é um dos parceiros do Aldeia Jiquitaia 2023 do Sesc

A mostra cultural Aldeia Jiquitaia 2023, promovida pelo Sesc Tocantins, será realizada entre os dias 14 e 17 de junho, em Palmas. O curso de Licenciatura em Teatro da UFT é um dos parceiros deste evento que conta com diversas atrações artísticas e culturais, através do programa de extensão Vida Viva, Bem Viver e ODS. A aldeia, que ocorre simultaneamente em diferentes locais da capital, tem como objetivo promover atividades artísticas e culturais gratuitas para a população de Palmas. A programação da Aldeia Jiquitaia este ano é bastante diversificada, com espetáculos de circo, teatro, música, exposição de arte, exposição  literária, exibição de filmes, debates e oficinas totalmente gratuitas.

A abertura oficial, será no dia 14 de junho, às 17h, com o Cortejo artístico que será iniciado na Avenida JK e segue até o Memorial Coluna Prestes, na Praça dos Girassóis. Alessandra Britez, promotora de Artes Cênicas do Sesc Tocantins explica a origem do nome do evento: “O Sesc realiza diversas aldeias pelo país. A nossa é chamada de Aldeia Jiquitaia porque fazemos uma referência a uma dança, que é a Súcia. A Jiquitaia era uma formiga que incomodava os trabalhadores durante o trabalho, e para não interromper o trabalho, eles começavam a dançar para sacudir as roupas de tirar as formigas. A partir daí surgiu um passo de dança chamado Jiquitaia e esse passo compõe a dança Súcia. É como se fosse uma parte de um todo”.

A professora Daniela Rosante Gomes, coordenadora do programa extensionista Vida Viva, Bem Viver e ODS, destaca que a Aldeia Jiquitaia é um importante evento de formação para a comunidade e para os estudantes da UFT. “A Aldeia Jiquitaia é uma semana importante para nós aqui do Tocantins e muito importante para o programa e projeto Vida Viva, que tem a parceria com Sesc, porque é um campo de trabalho para nós muito precioso, um campo de aprendizado. É um campo de formação de repertório cultural sensível, de articulação entre grupos, artistas locais, estudantes, classe artística, por promover espetáculos e oficinas. A  partir da parceria, a gente consegue também articular com outros professores e educadores, não só da Universidade, mas também das escolas e dos contextos em que o projeto está atuando, para que os estudantes frequentem as atividades e integrem os espaços, de forma que uma atividade no Aldeia possa se tornar, por exemplo, uma atividade em sala de aula”.

Daniela Rosante também destaca a atividade desenvolvida por egressos da UFT: “Há uma atividade específica que eu destaco,  que é a apresentação da companhia Um Ponto Dois, na quinta-feira, com espetáculo Zé Romeu e Maria Julieta. É uma alegria para nós ver em cartaz e levar os nossos estudantes porque a companhia Um Ponto Dois está completando 10 anos e tem no seus primórdios o aporte da extensão universitária da UFT. O grupo, formado a partir do pioneirismo do Lucas Justino, do desejo desses estudantes naquela época, 10 anos atrás, de fazer teatro com estudantes de escola pública, onde Lucas Justino era monitor do projeto Mais Cultura nas escolas e nós fizemos muitas atividades, muitas oficinas, muitas apresentações e inclusive um curso continuado de Teatro através de extensão universitária no projeto Caravelas em parceria com o Instituto Ideia Cultural. A partir desse primeiro projeto Caravelas, nós recebemos um aporte de verbas para o projeto Trem das Onze através do ProExt, que foi uma riqueza, porque nós conseguimos realizar uma montagem teatral aberta, com pessoas da comunidade e com a companhia Um ponto Dois de Teatro”.

Grupo de Teatro que nasceu dentro da UFT participa do Aldeia

O Grupo Um Ponto Dois de Teatro (UPD), que nasceu dentro da UFT em 2012, com dez anos completados em agosto do ano passado, é  reconhecido pelo Ministério da Cultura como Ponto de Cultura e é referência da arte teatral realizada no norte do Brasil. O grupo realiza um importante trabalho no cenário cultural do Tocantins, produzindo espetáculos, seriados, documentários e artigos sobre o universo teatral do Estado, sendo um dos grupos de teatro mais ativos na última década no Tocantins.  Nesta quinta, 15, o UPD estreia, durante o Aldeia Jiquitaia, o espetáculo Maria Julieta e Zé Romeu, uma versão abrasileirada do clássico de Shakespeare, dirigida por Bárbara Tavares. A obra foi encomendada pelo grupo a dramaturga Nadia João, e traz elementos do universo do maracatu.

Lucas Justino Vettore, egresso do curso de Teatro da UFT e fundador do grupo, destaca a importância da UFT no processo de consolidação dos trabalhos realizados pelo UPD: “O grupo Um Ponto Dois completa 10 anos e são 10 anos de parceria também com a UFT. Quando fundei o grupo, eu estava no primeiro período do curso de Teatro e era professor na escola de tempo integral Padre Josimo. Procurei a professora Daniela Rosante na época, para que me auxiliasse com os alunos. Ela foi de suma importância para aquele primeiro momento do grupo. Já naquele semestre nos transformamos em extensionistas pela UFT. De lá para cá, a UFT segue contribuindo com as nossas ações, com as nossas montagens, seja cedendo espaço para ensaio, seja através dos professores do Colegiado de Teatro, que acompanham as nossas trilhas, que dirigem os nossos espetáculos, que vão assistir e dar aquele apoio moral”.

A diretora do espetáculo, Bárbara Tavares, também é professora efetiva do curso de Licenciatura em Teatro da UFT. “É uma alegria acompanhar de perto o trabalho destes artistas, que uniram Universidade, comunidade escolar e artistas da sociedade civil em um movimento pró-teatro regional desde a sua origem, sempre com histórias potentes e afirmativas sobre o seu lugar nas culturas que enriquecem o nosso Brasil. Já havia contribuído com o grupo em algumas oficinas, mas o convite para dirigi-los nesta montagem de dez anos foi, sem dúvida, muito especial e acolhida também com muita admiração por mim ", frisou a diretora. O novo espetáculo do grupo conta com a participação do jovem ator e estudante do curso de Teatro, Pedro Macedo. “Estou muito feliz por estrear no Grupo Um Ponto Dois, fazendo o Rei, pai da Julieta e bebendo da cultura popular brasileira. O público vai se divertir bastante com nossa versão do clássico. E mais feliz ainda por poder acompanhar de perto o trabalho deste grupo que já é uma referência para todos nós, atores do norte do Brasil”.

Grande parte do elenco e da equipe técnica do espetáculo é composta por acadêmicos, egressos, docentes e extensionistas de projetos do curso de Licenciatura em Teatro da UFT. A história relata o romance entre dois jovens de famílias rivais, que tramam um plano para estarem juntos. Para a atriz Patrícia de Sá, que interpreta a Julieta, o público que acompanha o grupo pode esperar uma montagem com todas as características já presentes em suas outras obras. “Tem música, tem instrumento musical, tem cambalhota, tem muita cor no figurino e tem também importantes críticas sociais, que são válidas. Nós atores temos um lugar de fala e tentamos usar deste espaço sempre que podemos para dialogarmos também sobre assuntos importantes, ainda que de forma sutil. O espetáculo tenta passar uma mensagem de amor e união, com respeito diante das diferenças, sejam elas religiosas, políticas, classistas e afins”, conta a atriz.

O nono espetáculo do grupo é produzido em parceria com o Projeto de Extensão Em Trama - Núcleo de Encenação, Treinamento e Drama do curso de Licenciatura em Teatro, de forma independente. O elenco é composto por: Amanda Nobre, Ana Kamila Castaño, Icaro Railan, Karla Pollyanna, Sávio Danrley, Patrícia de Sá e Pedro Macedo. A artista Vivian Oliveira assina a cenografia e figurino, já a iluminação é de Lúcio Miranda. O espetáculo conta ainda com melodias do músico Heitor Oliveira, produção executiva e assistência de direção de  Lucas Justino Vettore.

Programação de oficinas

Confira a programação artística e cultural

Dia 14 de junho

15 de junho

Dia 16 de junho

Dia 17 de Junho