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ACOLHIMENTO

Roda de conversa sobre permanência reúne lideranças e estudantes indígenas no Câmpus de Porto Nacional

Por Com informações de Laranna Prestes Catalão | Edição: Daniela Camargos | Fotos: Daniel dos Santos | Publicado: Domingo, 31 de Março de 2024, 14h25 | Última atualização em Terça, 02 de Abril de 2024, 17h14

"Vozes ancestrais: diálogo entre lideranças indígenas da TI Xerente e os estudantes indígenas do Câmpus de Porto Nacional da UFT sobre território, cultura e educação" foi o tema da roda de conversa realizada entre lideranças, anciãos e estudantes indígenas e a Divisão de Estágio e Assistência Estudantil (Diest) do Câmpus Porto Nacional, no dia 20 de março. 

O evento é parte do Projeto Piloto de Acolhimento e Permanência de Estudantes Indígenas e Quilombolas, que visa  garantir um espaço de debate entre a universidade e o povo indígena sobre vivência no mundo acadêmico, a partir do protagonismo desses sujeitos. 

O mediador da roda e proponente desta ação para início do semestre 2024/1 foi o professor aposentado da rede básica de educação, Manoel Sirnãrê Marinho Xerente, liderança na Aldeia Salto, que junto ao Cacique Vanderlei Simripte Xerente, ressaltou a importância do evento quando se permite que as diversas vozes sejam ouvidas no espaço institucional. 

 

Também estiveram presentes, os anciãos Rosilda Xerente, Jose Maria Waikaine Xerente e Tania Mrãiti Xerente, pais de estudantes calouros, que reforçaram a necessidade de atenção aos ensinamentos aprendidos durante suas vidas, em suas comunidades, para garantir que o espaço acadêmico também garanta boa vivência dos saberes tradicionais pelos não-indígenas, como forma de respeito. 

Para Lenivaldo Srãpte Xerente, liderança e estudante da Universidade Federal do Goiás (UFG), este também é um momento de reforço do cumprimento dos objetivos pessoais e também dos indígenas, de garantir melhor educação ao seu povo. 

"Foi muito importante porque precisamos desse apoio e incentivo ao próximo. Estar na universidade é difícil desde a entrada, quando concorremos à vaga, fazendo o vestibular. Quando entramos na universidade, sofremos com a distância de casa, da família, e por isso mesmo precisamos valorizar ainda mais nossa cultura. Nossas lideranças e anciãos que participaram do evento trouxeram palavras de apoio, conselho e incentivo aos estudantes, nossos jovens indígenas aqui de Porto Nacional, que estudem muito e aproveitem essa oportunidade”, destacou. 

Gildete Sicredi Xerente, atual liderança entre os estudantes indígenas de Porto Nacional, e também organizadora do evento, reforçou que esse acolhimento tanto da UFT como das lideranças de sua aldeia a todos os estudantes, é fundamental para lembrar à comunidade que a presença deles tem sido cada vez maior na universidade e, por isso, cada vez mais eles têm que ter compromisso com a sua cultura.

"O Projeto Piloto quer que haja visibilidade dos estudantes indígenas e quilombolas para além da presença física, mas nos debates de suas vidas, cultura e garanta uma vivência acadêmica na UFT. Esperamos que assim como essa ação, que foi de indicação do Professor Manoel Sirnãrê, venham outras, e com toda a comunidade", reforçou a assistente social do câmpus de Porto Nacional, Laranna Prestes.

O Projeto Piloto do Câmpus de Porto Nacional

O Projeto Piloto de Acolhimento e Permanência de Estudantes Indígenas e Quilombolas tem por objetivo propor ações de acolhimento, integração, permanência e integralização dos cursos para discentes indígenas e quilombolas ingressantes no câmpus de Porto Nacional, contemplando 7 dimensões: acolhimento, moradia, alimentação, transporte, apoio pedagógico, apoio psicossocial e inclusão digital.

 

 

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