Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Últimas Notícias > Celebrando o Dia do Estudante: Uma Homenagem ao Saber e à Dedicação
Início do conteúdo da página
educação transforma

Celebrando o Dia do Estudante: Uma Homenagem ao Saber e à Dedicação

Por Daniel dos Santos | Publicado: Sexta, 11 de Agosto de 2023, 07h30 | Última atualização em Sexta, 11 de Agosto de 2023, 10h46

Data ressalta a importância da educação e o papel dos estudantes na construção do futuro.

No dia 11 de agosto, o país se une para celebrar o Dia do Estudante, uma data que ressalta a importância da educação e honra o empenho e a dedicação dos jovens na busca pelo conhecimento. O Dia do Estudante não é apenas uma ocasião para reconhecer o valor da aprendizagem, mas também para refletir sobre o papel fundamental que os estudantes desempenham na construção do futuro da nação.

Para ilustrar essa data, convidamos três estudantes da Universidade Federal do Tocantins para nos contar suas histórias. Se ainda não os conhecem, leiam os relatos abaixo.

Jardeane Reis de Araújo, 31 anos, está no último período de Letras-Língua Portuguesa e Respectivas Literaturas, além de ser mestranda no Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL) no Câmpus de Porto Nacional.

Prestes a se formar, Jardeane reflete sobre a sua experiência enquanto estudante até aqui. “Bom, meio que passa um filme na minha mente. Foram tantas experiências no decorrer do curso. Os estudos na minha vida sempre foram o meu ponto de apoio, de retorno e redirecionamento na vida profissional e pessoal. A importância dos estudos na minha vida está na liberdade de me reinventar, de poder conquistar objetivos que antes eram sonhos. E é através dos estudos que me realizo como profissional, como pessoa e contribuindo direta ou indiretamente para que outras pessoas percebam a importância dos estudos na formação social e nas transformações que o estudo pode te possibilitar. Os estudos em essência é a estrada que te leva ao conhecimento de si e de quantas coisas você pode ser na vida.

Educação transforma

“São duas Jardeane bem diferentes. O curso de Letras me permitiu uma imersão em mim muito grande. Primeiro, porque faz você ressignificar tudo que já tinha estudado sobre o português antes. Segundo, porque faz a gente se observar melhor e se permitir explorar outras habilidades que não conhecíamos, a exemplo, hoje escrevo poesias e tenho alguns escritos para produzir um romance. Hoje me vejo mais consciente e independente das minhas decisões e isso é fruto também das várias atividades que desenvolvi no curso, seja no movimento estudantil, seja na pesquisa, na extensão e na docência. Então, a cada novo semestre vários aprendizados foram se somando e hoje sou uma nova Jardeane. Os espaços da universidade são únicos, e aproveitá-los de forma consciente só nos faz crescer e se desenvolver como pessoa e profissional, isso em qualquer área que você deseje ingressar. Os caminhos têm seus desafios, mas com um passo de cada vez conseguimos realizar nossos sonhos”.

Narruria Javaé, 25 anos, está no segundo período de Psicologia no Câmpus de Miracema.
Ela é indígena, vinda da Aldeia Canoanã, localizada na Ilha do Bananal, próximo ao município de Formoso do Araguaia -TO.

Acolhimento e adaptação

“Sempre quis estudar na UFT e quando fui aprovada, abri mão do meu serviço e tive um desafio: sair da minha região, deixar a minha família e amigos. Mas a força de vontade de querer estudar e adquirir conhecimento como acadêmica foi motivação para estar aqui estudando”.

Narruria afirma que é um desafio enfrentar a nova realidade e chegar ao local em que é tudo diferente. Mas teve uma boa recepção logo em seu primeiro dia e faz questão de ser grata. “A professora Carolina Pedreira me acolheu. Cheguei em Palmas e ela me trouxe para o Câmpus de Miracema e assim me apresentou para outras professoras. Tem um projeto chamado Acolhe, realizado no primeiro dia na UFT, que é a recepção dos calouros pelos professores e acadêmicos. Foi bom. Muitas informações e depois a gente vai se adaptando”.

Ela ainda acrescenta sobre a presença de outros indígenas e a representatividade na Universidade. “Na UFT conheci outros indígenas acadêmicos que lutam pelos nossos direitos na universidade, tive privilégios em participar de encontro e me apresentar diante da universidade como acadêmica indígena da Etnia Javaé: mais uma para somar na luta!”.

Aprofundar conhecimento científico e ter a uma formação acadêmica é um desejo comum para quem quer iniciar uma faculdade. Narruria vai além e declara suas motivações que vão além do interesse individual. “Quando escolhi esse curso com intuito de futuramente ajudar o próximo com formação de curso superior. Na minha região teve foco de suicídio na área indígena, onde presenciei várias vítimas e não sabia como ajudar e lidar com isso. Queria entender o que acontece com a mente das pessoas, qual é o motivo que leva a esse ponto e como seria a forma correta de reagir diante de problema como esse. Então, me fez pensar e despertou a curiosidade de querer estudar na área de psicologia para aprender”.

Olavo Lisboa dos Santos, 22 anos, está no último período de Pedagogia no Câmpus de Arraias.
Ele veio de São Valério-TO.

Olavo explica que sempre teve clareza da importância dos estudos para sua vida. “Desde pequeno achava que os estudos eram o único caminho possível para mim. Agora, prestes a me formar, tenho convicção que é o caminho certo e nele quero continuar. Agradeço a minha vó por sempre lutar para que eu tivesse acesso a educação e agora vejo que primeiramente, sem ela e os estudos eu não teria chegado em espaços que cheguei”.

O agora quase pedagogo descreve a percepção de sua transformação durante a graduação. “Mudei bastante. O Olavo que entrou em 2019 tinha pouco conhecimento do mundo e da universidade. O de hoje já conhece bastante, graças ao curso e claro ao movimento estudantil. Diria só para aproveitar mais desde o início”. Um momento marcante para ele foi em seu primeiro dia de aula. “Quando eu vim fazer a matrícula, estava presente minha avó, um colega e sua avó também e foi muito bom pisar a primeira vez na universidade e conhecer os espaços”.

Celebrar sim, mas querer avanços também

Apesar dos avanços no campo da educação, ainda existem desafios a serem superados. Questões como a acessibilidade à educação, a qualidade do ensino e a inclusão de todos os grupos sociais continuam sendo tópicos de debate. O Dia do Estudante serve como um lembrete de que a luta por uma educação equitativa e de qualidade é uma responsabilidade compartilhada por estudantes, educadores, governantes e toda a sociedade.

Nesta data especial, é vital reafirmar a importância da educação como alicerce para o desenvolvimento de qualquer sociedade. Desde a infância até o ensino superior, os estudantes enfrentam desafios diários em sua jornada de aprendizado, demonstrando resiliência e determinação na busca pelo saber. A educação não só amplia horizontes, mas também fomenta o pensamento crítico, a criatividade e a capacidade de resolver problemas, habilidades essenciais para a formação de cidadãos conscientes e engajados.

O Dia do Estudante é muito mais do que uma pausa nas aulas; é um momento para celebrar a busca constante pelo conhecimento, a perseverança dos estudantes e o papel vital que desempenham na construção de um futuro melhor. Enquanto homenageamos os estudantes neste dia, também renovamos nosso compromisso em proporcionar uma educação inclusiva e de qualidade para todos, criando assim uma sociedade mais informada, justa e próspera.

registrado em:
Fim do conteúdo da página