Projeto de extensão da UFT doa alimentos orgânicos para Cmei Pequeno Príncipe

Na tarde desta terça-feira, 09 de maio, a UFT, através do projeto de extensão Assistência técnica de a pequenos produtores de alimentos regionais, fez uma doação de alimentos orgânicos ao  Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Pequeno Príncipe, localizado na Arno 43 (407 Norte). Os alimentos doados são produzidos na Unidade Modelo de Produção Animal, que fica dentro do Câmpus da UFT em Palmas. O projeto, que é coordenado pelos professores Bruno Carrilho e Vailton Alves, vinculados ao Colegiado do curso de Engenharia Civil da UFT, tem como principal objetivo capacitar os pequenos produtores locais, aumentando a renda e a oferta de alimentos saudáveis na capital.

Na ocasião, foram doadas abóboras e os primeiros ovos produzidos através do projeto, que começou a ser estruturado entre o segundo semestre de 2019 e o primeiro semestre de 2020. A escolha de doar os alimentos para a unidade educacional levou em consideração que o espaço trabalha com crianças de diversos espectros sociais, o que de acordo com os professores que coordenam o projeto, é uma excelente forma de incentivar os estudos dessas crianças, para que eles se aproximem da Universidade, criando esse vínculo desde o início de suas vidas escolares.

A diretora do Cmei, Alice Furukawa, que recebeu os alimentos juntamente com as crianças,  ressaltou a importância de envolver a Universidade, bem como seus projetos e pesquisas, no universo das crianças. “Na nossa visão essa parceria é uma excelente forma de incentivar as crianças a conhecer e despertar o interesse acadêmico, além de estimular, desde já, esse vínculo com a Universidade destes pequenos.”. A diretora também evidenciou a intenção de continuar a parceria com o projeto da UFT. “Nossa intenção é firmar essa parceria com a Unidade Modelo e poder oferecer ainda mais qualidade e saúde à mesa de nossas crianças”, destacou.

O professor Bruno Carrilho explicou que o projeto tem como proposta proporcionar tanto uma alimentação mais saudável para os palmenses, como também ajudar os Pequenos produtores afazerem um manejo mais eficiente de suas propriedades. “ O projeto nasceu a partir de uma percepção da fragilidade do contexto alimentar da cidade. Se a gente observar, a maioria dos alimentos vêm de fora. Hortaliças, frutas, verduras, legumes, muitas vezes, atravessam o país para chegar aqui. E por outro lado, a gente tem uma realidade socioeconômica muito complexa, então temos muitas propriedades rurais, muito acesso à água através do rio Tocantins e seus afluentes, mas que estão subutilizados, muito por falta de capacitação técnica. Então a gente entra nesse contexto, para atuar nessas duas frentes, na primeira, aumentando a oferta de alimento de qualidade e a segunda melhorando essa questão socioeconômica, que as pessoas possam ter uma renda e se fixar também nas propriedades”, explicou o professor.

 Já o professor Vailton, que tem uma experiência de vida muito ligada à produção rural, frisou  os benefícios da capacitação técnica que será oferecida através do projeto: Por exemplo, se você vai numa chácara hoje, são oito meses para produzir um frango caipira de qualidade. E a gente consegue ali com seis meses, então a gente ganha dois meses nesse processo”. Até o momento, o projeto está sendo mantido com recursos dos próprios professores. A ideia é conseguir parcerias para que o projeto possa  ser ampliado e começar a trabalhar diretamente na assistência dos pequenos produtores. Como o projeto é multidisciplinar, sua ampliação também inclui a participação de profissionais de outras áreas  e também alunos.

O professor Bruno, que se divertiu bastante ao ver a alegria dos pequenos ao receber os alimentos, também  falou  da importância da ação como forma de levar a UFT para mais próximo da sociedade. “ O sentimento é muito bom. Só de ver a alegria das crianças é muito gratificante. A gente trabalha muito lá no projeto e quando a gente passa por um momento como esse é bem gratificante  e dá mais vontade da gente continuar fazendo o que faz. E, principalmente, por estar criando o vínculo da Universidade com essas crianças. A gente sabe que cada criança tem uma realidade, e às vezes, a criança nunca ouviu falar da Universidade e numa ação como essa passa a conhecer  e, se passa a conhecer, pode se interessar interessar. E assim pode começar a trilhar um caminho na educação pública até chegar na Universidade, que está aqui para atender a comunidade local”, conclui o professor.

A ideia é que, a partir desta primeira doação, o projeto continue doando os alimentos produzidos para a comunidade.