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Tecnologia

Pesquisadores do IAC/UFT desenvolvem sistema inovador de monitoramento de animais

Por Milena Botelho (Fapto) | Edição: Samuel Lima (Sucom/UFT) - Revisão: Paulo Aires | Publicado: Terça, 23 de Março de 2021, 09h52 | Última atualização em Terça, 23 de Março de 2021, 11h57

Certos de que o uso de tecnologia na agropecuária traz otimização no tempo de trabalho e redução de perdas financeiras, uma equipe de onze pesquisadores do Instituto de Atenção às Cidades da Universidade Federal do Tocantins (UFT) está desenvolvendo um sistema inovador de monitoramento de animais de leite. Através da energia solar captada por painéis fotovoltaicos e o sinal de internet 5G, imagens de rebanhos bovinos serão registradas 24 horas por dia, e posteriormente os registros são processados para extrair algoritmos que mostrarão o comportamento dos animais acompanhados.

O projeto está sendo realizado no Tocantins por meio do investimento da Huawei do Brasil Telecomunicações, apoio técnico do Instituto de Atenção às Cidades da Universidade Federal do Tocantins (UFT), em parceria com a Fundação de Apoio Científico e Tecnológico do Tocantins (Fapto). “O 5G integrado a tecnologias de Cloud, Inteligência Artificial e outras, irá mudar muito o campo e para melhor. Muitas pesquisas, aplicações, modelos de negócio e soluções serão desenvolvidos para multiplicar a produtividade, eficiência e sustentabilidade do agronegócio no Brasil e no mundo. A parceria com a Fapto e a UFT fazem parte dessa estratégia da Huawei de contribuir para a agricultura brasileira plenamente conectada e inteligente, com oportunidades a todas as pessoas e regiões”, afirmou o diretor de Marketing Estratégico da Huawei, Tiago Fontes.

Com as imagens das câmeras de monitoramento que serão enviadas ao servidor da Nuvem da Huawei, empresa parceira na realização do projeto, o pecuarista terá informações de forma simultânea e com precisão do comportamento do seu animal, por meio de aplicativos do celular, sabendo inclusive o período em que as vacas estarão no período do cio, por exemplo, ou quando entrarão em trabalho de parto.

Neste momento, os pesquisadores do Tocantins trabalham no desenvolvimento do algoritmo de inteligência artificial para que, no próximo mês de maio, comecem a realizar os primeiros testes numa propriedade na cidade de Rio Verde, Estado de Goiás, que já possui antena de internet 5G. Em m Rio Verde, a equipe do Tocantins contará com a contribuição de dois professores pesquisadores do Instituto Federal Goiano.

O coordenador do Projeto, Dr. Humberto Xavier de Araújo, que é professor da UFT no curso de Engenharia Elétrica e diretor do Eixo de Energia do Instituto de Atenção às Cidades (IAC), explica que a forma que o sistema está sendo implementado com o reconhecimento de imagens instantânea é inédito no Brasil: “Com o sistema, o fazendeiro poderá monitorar por meio do aplicativo na tela do seu celular o período que a sua vaca estará no cio e fazer as intervenções em tempo hábil para não perder a produção de leite”, observa o pesquisador acrescentando que os algoritmos que estão sendo criados farão as leituras dos cenários e em seguida processarão as informações a serem enviadas ao criador.

Araújo lembra que normalmente a vaca leiteira entra no cio no período noturno e são vacas que não têm nem um touro para fazer cobertura, pois são animais que recebem inseminação. Portanto, sem este acompanhamento diário, o produtor pode não perceber que a vaca está no cio e perder este valioso momento. “Se o produtor não perceber o cio, ele perde 21 dias de produção de leite, pois somente neste prazo que ela terá um novo cio, e só com a reprodução que o animal produzirá leite. Se não tem reprodução, não tem leite. Cada vaca produz cerca 30 litros de leite por dia, se multiplicar por 2 reais, é um valor significativo que será perdido”, exemplifica o pesquisador relatando a diminuição na produção de leite na propriedade.

 

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