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Celebração

Dia da Amizade: dos laços de afeto que se criam na universidade

Por Gihane Scaravonatti e Virgínia Magrin | Publicado: Quinta, 14 de Fevereiro de 2019, 14h51 | Última atualização em Quinta, 14 de Fevereiro de 2019, 16h16

Ao longo do ano, percebemos que surgem diversas datas tidas como Dia do Amigo ou Dia da Amizade. Mas, qual delas seria a correta? Talvez possamos dizer que todas – cada uma, em sua justa reivindicação e contexto. E, afinal, celebrar a amizade e a vida junto aos amigos nunca é demais, não é mesmo?

No Brasil, são quatro as principais datas que servem à celebração: entre elas, o dia 14 de fevereiro. Inspirada na tradição de São Valentim, a data serve não apenas à comemoração do amor, mas, ainda, da amizade - que também é uma forma de amor. Como disse o poeta da simplicidade Mário Quintana, “a amizade é um amor que nunca morre”.

Da UFT para a vida

A universidade é lugar propício para se conhecer amigos. Entre provas, trabalhos, correrias diversas demandadas pelos estudos (e, para muitos, também a saudade da família), encontra-se afeto e incentivo naqueles que “estão no mesmo barco”. Ter mais do que colegas – amigos! -, para comemorar alegrias e dividir tristezas, acalenta o coração num período repleto de desafios, como é o de uma graduação.

Na UFT, é certo que não faltam histórias bonitas de amizades que surgiram por aqui. Algumas, tão intensas que se perpetuaram para além da colação de grau e seguem firmes, mesmo depois de muitos anos de seu início. É o caso de um grupo de estudantes que fundou, entre o final dos anos 90 e início dos 2000, uma república “famosa”, em Palmas, pela amizade e companheirismo de seus moradores e pelas festas animadas que promoviam.

Ex-alunos comemoram 20 anos de amizade, nascida nos corredores da UFT (Foto: Divulgação / Arquivo Pessoal)Ex-alunos comemoram 20 anos de amizade, nascida nos corredores da UFT (Foto: Divulgação)

Duas décadas de amizade

Era o ano de 1999 quando Milton Henrique Carneiro (Luzia) e Edson Junior (Pixoca), estudantes de Engenharia Ambiental da então Unitins, resolveram dividir moradia, “a princípio, para diminuir custos e a solidão que sentíamos durante a graduação”, conta Milton. Decidiram escolher uma casa para morar e, como companhia no passeio, levaram quatro outros colegas. “Quando olhamos, João Bosco (JB), Wanderson, Kacildo (Bacaba) e Grampola (Juliano) resolveram também morar com a gente! Organizamos a casa e, em agosto de 1999, fomos, em seis estudantes, morar juntos”, rememora.  

No decorrer do tempo, a república mudou, por mais de uma vez, de endereço e de integrantes. Amigos saíram, conforme concluíram a graduação, e novos ingressaram na casa: Alexsandro (Japonês), Fued (Fuboca), André Alexandre (Piaba), Helienton (Tileco), Itamar, Rafael (Raposão), Givaldo (Salgadinho)...

Por fim, cada um “foi para o seu canto”, mas a amizade manteve-se. Vinte anos depois daquele início de república, o grupo de egressos da UFT zela pela amizade, seja por contato nas redes sociais, seja, vez ou outra, pelos reencontros que promovem. “Nos esforçamos para nos encontrarmos, todos, ao menos uma vez por ano”, diz Milton. “Mas o Japonês (Alexsandro) veio a falecer em 2017...”.

Quando souberam da situação delicada de saúde do amigo, resolveram que era a hora de mais um encontro “com toda a moçada”. “Queríamos que o Japonês, principalmente no final da vida, se sentisse muito acalentado pelo carinho dos irmãos... ‘Pra quem tem fé, a vida nunca tem fim’: é um trecho de uma música que ele gostava muito e que, então, virou a nossa música, a música de perpetuarmos a nossa amizade”, emocionou-se.

É que o poetinha estava certo: a amizade é mesmo coisa sublime, um amor que nunca morre.

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