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Alunos da área da saúde assistem palestra sobre sofrimento mental; Simpósio segue até sexta (27)

Por Zeus Bandeira e Daianni Parreira | Publicado: Quinta, 26 de Março de 2015, 15h27 | Última atualização em Terça, 13 de Setembro de 2016, 14h01

A programação do 2º Simpósio Brasileiro de Saúde e Nutrição continua com mais palestras, minicursos e mesas-redondas destacando conhecimentos específicos do público alvo do evento: estudantes de cursos da área da saúde da Universidade Federal do Tocantins (UFT). A programação se encerra nesta sexta-feira (27).

Na manhã desta quinta-feira (26) a palestra "Abordagem da pessoa em sofrimento mental e sua família no contexto da saúde coletiva" ministrada pela professora Roselma Lucchese, doutora em Enfermagem pela Universidade de São Paulo (2005) abordou de forma ampla a genericidade do fenômeno do sofrimento mental com uma visão política que vai desde um transtorno mental comum até os casos mais graves e persistentes.

2SIMPOSIO_ZB_26marc15.JPG(Foto: Zeus Bandeira )
A professora explica que os transtornos psicossociais estão presentes na vida das famílias de todo Brasil e que ainda há uma dificuldade por parte delas em como agir diante de algum parente que possui este problema. "A família foi historicamente apartada do processo de tratamento de reabilitação dos pacientes. Nos últimos 20 anos, ela começou a ser introduzida no apoio ao paciente, pois muitas pesquisas apontam, até hoje, que o apoio familiar é fundamental na recuperação dos pacientes." explica.

Nos últimos anos o número de grupos de apoios psicossociais aumentaram dentro da área da saúde. Muitos exemplos de implantações de dispositivos de atenção comunitário como os Centros de Apoio Profissionalizantes Educacionais e Sociais (Capes), as assistências terapêuticas e outros núcleos, vem ganhando destaque graças a luta de alguns serviços para que o Ministério da Saúde assumisse que há a necessidade dos apoios psicossociais para dar auxílio nas comunidades.

2SIMPOSIO_ZB_26marc15 (2).JPGPalestrante Roselma Lucchese durante o Simpósio. (Foto: Zeus Bandeira)



Reconhecimento humano - Durante a década de 70, as pessoas com transtornos mentais eram consideradas loucas e precisavam ser contidas em hospícios ou outras clínicas mais radicais. No começo dos 80, deu-se inicio então ao movimento de reforma psiquiátrica brasileira, que visou desconstruir as ideias de hospícios e formar redes de atenção a saúde na comunidade. Em 2001, é aprovada a Lei Federal 10.216 que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.

A professora Roselma enfatiza que no Brasil ainda há muitos conceitos antigos a serem desconstruídos, para que os portadores de doenças mentais e transtornos psicológicos não sejam mal interpretados. "A atenção primária ainda é um desafio muito grande. Nós avançamos muito, mas não podemos nos acomodar. A crítica, a pesquisa e a extensão, devem ser contínuas nas universidades para que possamos avançar nesta área que ainda sofre muito preconceito devido ao seu turbulento passado." conclui.

Para mais informações sobre a programação do evento acessar o site http://saudenutricao.wix.com/simposio#!page4/cfvg.

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