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Pesquisador francês palestra sobre Segurança Alimentar mundial na UFT

Por Thomás Müller | Publicado: Segunda, 27 de Mai de 2013, 17h30 | Última atualização em Terça, 13 de Setembro de 2016, 14h01

"Prospectiva e Estratégia do Sistema Alimentar Mundial" é o tema da palestra que foi proferida nesta segunda (27) pelo professor Jean-Louis Rastoin, da Universidade francesa Montpellier SupAgro - um dos maiores centros de pesquisa agrícola do País. Doutor em Economia, ele preside ainda a cátedra da Unesco sobre o tema, chamada "Alimentações do Mundo". O encontro foi sediado no Campus de Palmas, e promovido pelo curso de Mestrado em Desenvolvimento Regional, em parceria com a Embrapa.

A conferência aborda as previsões de Rastoin sobre o cenário da Segurança Alimentar no planeta para 2050, baseada em dados coletados pelo pesquisador em países em desenvolvimento ao redor do globo - incluindo o Brasil. "Determinamos que a questão principal se traduz num problema de saúde pública: existe tanto uma situação de déficit alimentício para centenas de milhões de pessoas, relacionado à pobreza, como também o aumento de condições como a obesidade e a diabetes. 

Rastoin defende que será necessária a adoção de dois modelos de modelos de produção. "O primeiro é omodelo agroindustrial, baseado no mercado, com tecnologia desenvolvida, para abastecer as grandes cidades - megalópoles como são paulo, aqui no Brasil.São cadeias longas, com alimetnos industrializados", diz. Esse modelo, de acordo com o pesquisador, já vem sendo aplicado atualmente, e não é satisfatório em termos ambientais e de saúde publica. 

"O segundo modelo de produção representa uma ruptura", explica Rastoin. "É que chamo de sistema alimentar territorializado, ligado às regiões, associando a agricultura familiar e industria de pequeno porte. Esse modelo, além de resultar em alimentos de qualidade e diversificar a dieta alimentar, promove a biodiversidae e cria empregos, auxiliando assim no desenvolvimento local - algo que falta no primeiro".

Rastoin prossegue explicando que, em 2050, a Terra deverá ter alcançado a marca de nove milhões de habitantes; aí, a adoção desses dois modelos de forma conjunta  - até que se alcance um equilíbrio, um sistema híbrido - será essencial. O sistema agroindustrial precisará se adaptar ao desenvolvimento sustentável, mas os agentes envolvidos têm recursos financeiros para isso. Portanto, a prioridade é incentivar os governos mundials a facilitar o desenvolvimento do segundo modelo. "A tendência que observamos hoje é de crescimento do modelo agroindustrial, e isso deve ser regulado pelo poder público - e temos observado pouco envolvimento dos governos nessa questão. Então, a responsabilidade dos pensadores e pesquisadores da área é, por meio de conferências e palestras, alertar os gestores de todo o mundo sobre a importância de se reverter este quadro", finaliza.

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