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Objetivos

Os dados epidemiológicos internacionais (OMS, 2020b) Ministério da Saúde (2020) mostram que a taxa de mortalidade do novo Corona vírus acontece com grande força em idosos (acima de 60 anos) e pessoas com algumas comorbidades específicas (doenças respiratórias crônicas, hipertensão, diabetes, doenças imunossupressoras, autoimunes e câncer). Já em documento apresentado em 17 de julho de 2020 pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) demonstra-se que a Covid-19 escancara as desigualdades raciais no Brasil, sendo 55% dos pacientes negros e pardos e 34% brancos. Fato que se comunica com a desigualdade econômica, precariedade de moradia, ausência de esgoto, saneamento, problemas de fornecimento de água, baixa escolaridade e renda.

Devido à negligência com que o atual desgoverno federal tem tratado a questão, temos a falta de dados e informações seguras sobre a Covid no Brasil, o que não contribui para a construção de políticas públicas e ações sociais para o seu enfrentamento. O que somado ao fato de estarmos entre os 7 países mais desiguais do mundo, tem trazido consequências desastrosas ao nosso sistema de saúde e às condições de trabalho e renda, além da ameaça à vida das populações mais vulneráveis, onde, como já é comprovado, encontram-se principalmente negros, mulheres e indígenas.

Assim como aconteceu no resto do mundo, no Brasil a pandemia iniciou seu ciclo de contaminação nas camadas de mais alta renda, que trouxeram o vírus ao país, por meio de suas viagens ao exterior. Porém, logo essa contaminação se alastrou para as populações de mais baixa renda, não apenas se expandindo pelo território dos municípios, mas também ampliando sua taxa de letalidade.

Essa tendência tem sido acompanhada por todo o território nacional, com dados que comprovam a relação, tanto do aumento das taxas de contaminação, como da letalidade, quando a doença chega às camadas mais vulneráveis da população. Entretanto, estas evidências ainda carecem de um trabalho de levantamento, cruzamento e mapeamento de dados na nossa região. Os municípios tocantinenses, em sua maioria com reduzido corpo técnico e acesso às ferramentas digitais, têm grande dificuldade na produção e sistematização dos dados relacionados à Covid-19.

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