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Datas Comemorativas

Sobre Ser Mãe...

Written by Denise Neves | Published: Saturday, 13 May 2023 08:24 | Last Updated: Saturday, 13 May 2023 08:24

No próximo domingo, 14 de maio, celebramos o dia das mães no Brasil. A data é comemorada no segundo domingo de maio e foi criada nos Estados Unidos, por Anna Jarvis, como forma de homenagear sua mãe, a ativista Ann Jarvis, falecida em 1905.

 

A maternidade chega e ela carrega junto de si muitos sentimentos, desafios, paradoxos, responsabilidades, ambiguidades...

 

Sobre Ser Mãe, vamos conhecer agora a história de 05 mulheres e de como a maternidade é percebida por cada uma e suas histórias de vida.

 

Daniela, servidora técnico administrativa da Reitoria, e mãe dos gêmeos Helena e João Gregório, de 1 ano e 2 meses. Para ela, a maternidade veio em dose dupla e o que define ser mãe de gêmeos é a palavra intensidade. “Ter duas crianças da mesma idade é muito intenso, pois tudo vem em dobro: as dificuldades da amamentação, as doenças, a dificuldade de sono - quando um dorme, o outro acorda e assim num looping infinito. Precisa ter muita parceira do companheiro e também estar com a saúde física e mental em dia, senão não dá conta não”.

 

 

Mônica, docente do curso de Matemática de Arraias e mãe de Tales (2 anos) e das gêmeas Eloá e Íris (1 anos) e para ela, ter 3 filhos, incluindo gêmeas é uma experiência incrível e desafiadora. “A maternidade me faz querer ser melhor em todos os sentidos, mas principalmente, enquanto ser humano. Ser mãe transforma o olhar para a potência da humanidade na busca de sermos melhores, dessa forma, projeto essa mesma potência na formação de professores de Matemática”. Além da maternidade, Mônica atua na área da Educação Matemática e utiliza a matemática para promover a educação. Ela pontua que “a maternidade e a carreira acadêmica são duas áreas de grande importância em minha vida, e eu busco me dedicar a ambas da melhor forma possível’. 

 

 

Rosângela, aluna do curso de pedagogia de Miracema, 34 anos e mãe de Arthur, 9 anos e Roberta de 7 anos e o que define sua maternidade é superação, que vem junto com amor, carinho e dedicação. Ela é bolsista do Espaço Lúdico Pedagógico e é mãe solo. Com Arthur, ela experimentou a maternidade atípica, pois ele, por complicações do parto, nasceu com paralisia cerebral. Ela demorou cerca de 1 ano para aceitar sua condição e, enfim, entender que ele iria precisar de ajuda sempre. Já com a Roberta, ela “aprendeu” a ser mãe e viveu uma maternidade típica, com uma criança que falou logo mamãe, que atingiu os marcos de desenvolvimento. Hoje, após 9 anos de maternidade, ela conta que se reencontrou, conseguiu entrar na UFT, trabalha fora, além de ser mãe. “Sou muito mais feliz com meus filhos e tudo que estou vivendo. Eu me redescobri, além de mãe, como mulher”.

 

Maria Ecilene, docente do Câmpus de Porto Nacional da UFT e Sobre Ser Mãe, ela define como uma montanha russa, abluída de fortes e confusas emoções. A maternidade chegou para ela aos 17 anos. “Eu estava recém-casada, morava na roça, no interior do Maranhão, não estudava e cuidava da casa. Após quase dois anos de casamento, muita fome, violência doméstica e desilusão sofridos, eu via numa possível fuga, o único caminho para a liberdade, e assim eu fiz. Fugi na carroceria de um caminhão de feira, carregando uma filha de 8 meses no colo e uma gravidez, que diferente da primeira, já não era tão desejada.” Após a fuga, voltou a morar com os pais, trabalhou de empregada doméstica, completou o ensino médio, fez faculdade, mestrado, doutorado e tomou posse como docente da UFT. Depois dessa reviravolta, foi mãe aos 39 anos, do Benício. Após 4 anos da chegada do seu último filho, foi avó das gêmeas Maria Alice e Maria Flor e depois de  11 meses do nascimento delas, recebeu a guarda, pois sua filha abriu mão delas.

“E aí quando me perguntam, como que consigo ao mesmo tempo ser professora, pesquisadora e ser mãe solo de 3 crianças pequenas e requeredoras de intensivos cuidados médicos e terapêuticos? A resposta é simples: eu não dou conta e faço tudo mal feito. E acrescento: enquanto no meu trabalho, eu sofro com a síndrome da impostora, em casa sofro com a culpa, com a autocobrança e o autojulgamento ao sentir que não faço o suficiente enquanto mãe, que não sou uma boa mãe, e que meus filhos mereciam coisa melhor. Todavia, às vezes, a esperança me abraça o coração e eu repito para mim mesma: entre mamadeiras, fraldas e seringas, também chegaremos lá”.

 

Leandra, docente do curso de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia e mãe do Miguel Antonio (06) e João Pedro (04). Para ela, ser mãe é dar a vida pelos seus filhos. Ela teve uma gestação muito desejada e quando Miguel Antonio chegou surpreendeu a todos, pois foi revelado uma Síndrome de Down. “Assim como ser mãe, a Síndrome de Down foi algo totalmente desconhecido em minha vida e me fez pensar como seria nossas vidas a partir daquele momento. Como ser mãe de uma criança especial? Desde então, o desconhecido se tornou minha ‘segunda graduação’ e até nos dias de hoje tento fazer ‘especializações’ para auxiliar no seu desenvolvimento e aplicar as metodologias orientadas pelas terapeutas que atende o Miguel.” Após 02 anos, ela teve uma segunda gestação e com 41 anos teve o João Pedro. “A chegada do João Pedro fez toda a diferença tanto para a vida da família quanto para o irmão Miguel Antonio. O crescer juntos contribui muito para o desenvolvimento de ambos”.

 

E eu, sou a Denise Neves, jornalista e mãe do Inácio (8 anos) e Maria Alice (3 anos).

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