Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Últimas Notícias > Obra coletiva "Mulheres Emparedadas: confissões da pandemia" será lançada em 1º de maio
Início do conteúdo da página
lançamento de livro

Obra coletiva "Mulheres Emparedadas: confissões da pandemia" será lançada em 1º de maio

Escrito por Gihane Scaravonatti | Publicado: Miércoles, 28 Abril 2021 15:01 | Última actualización: Miércoles, 28 Abril 2021 15:07

No dia 1º de maio, às 10h, ocorre o lançamento do livro "Mulheres emparedadas: confissões da pandemia". A obra é organizada pelas professoras Gleys Ially Ramos (Curso de Relações Internacionais) e Jorgeanny Moreira (Curso de Tecnologia em Gestão de Turismo), juntamente com Juliete Oliveira (consultora de projetos e obras literárias), a partir do OUTRAS - Observatório Feminista da UFT. Segundo Gleys, "a data foi cuidadosamente escolhida como um presente para as mulheres trabalhadoras" e, ainda, "o livro conta com texto de abertura da pró-reitora de Extensão, Cultura e Assuntos Comunitários, Maria Santana Milhomem".

Acesse o encontro por meio do link meet.google.com/ysz-vxds-nti

Um pouco sobre o livro

"Já faz algum tempo que as mulheres expõem seus cansaços com o excesso de jornadas de trabalho remuneradas, mal remuneradas e não pagas. Para além do cansaço e das jornadas que excedem a capacidade do tempo determinado para o dia – 24 horas, tem-se a extenuante sensação de não termos realizado nada. Não há materialização desses esforços no sentido de nos vermos com pessoas bem-sucedidas no trabalho, na maternidade, na construção familiar e no pessoal – em nossas subjetividades. Essas autoras desejam trazer reflexões sobre o cotidiano compilado pela famigerada perspectiva do “fique em casa” para as mulheres e as sensações que a Pandemia global provocada pelo novo Coronavírus tem deixado sobre os debates de gênero e Feminismo. O objetivo que organiza nossas ideias é entender os impactos que o confinamento ou o distanciamento social e estrutural estão gerando sob as condições do ser mulher e assim, politizar as produções dessas mulheres como produto (revolucionário).

A importância da escrita e as negligências em ouvir e ler mulheres são históricas e constitui no melhor legado dos homens, como bem dimensiona Michelle Perrot (2005), exemplificando como “as cartas deixadas pelas filhas de Karl Marx, por exemplo, foram quase todas extraviadas, uma vez que emitem juízos sobre as manias e fraquezas do pai do materialismo dialético. Não temos um rosto dessa filha, pouco se sabe sobre sua mãe. Se soubéssemos, isso diminuiria a importância de Karl Marx?

Então, esse medo da figura pública das mulheres precisa ter enfrentado. Dessa maneira, mais um objetivo se apresenta aqui nesse livro. Conhecer escritas, redes e rostos de mulheres. Para nós, importa muito saber quem são as mulheres que dividem as trincheiras conosco, mas mais importante ainda, é que vocês conheçam as mulheres e as trincheiras que não estão necessariamente visíveis e, ou ao seu lado, mas que por causa dessas mulheres, transformam nossos cotidianos em dias melhores, ou, em lutas mais visíveis e, portanto, mais justas.

Eis as mulheres que estão nos enfrentamentos literários nesse livro" (Kassandra Antonia, curadora da obra).

Fim do conteúdo da página