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Teatro

Parceria entre a Cia Art'Sacra e UFT leva oficina de teatro para adolescentes internos no Case

Na última terça-feira, 26 de setembro, o projeto “Paixão de Cristo: patrimônio imaterial comunitário, artístico-cultural e pedagógico-religioso da cidade de Palmas", parceria entre a Companhia de Teatro Art'Sacra e a Universidade Federal do Tocantins (UFT), realizou a primeira oficina de técnicas e jogos teatrais para adolescentes internos do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case), de Palmas.

 

 

O projeto foi contemplado pelo Edital Pibex/2023, e, por meio da Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Comunitários - Proex, conta com o fomento financeiro de custeio e bolsa de auxílio para estudante. O trabalho artístico-pedagógico é coordenado pela professora Dra. Bárbara Tavares, do curso de licenciatura em Teatro da UFT; e por Valdeir Santana, membro da diretoria da Cia Art'Sacra.

 

A oficina foi conduzida pela professora Bárbara Tavares, que trabalhou com as técnicas e jogos do Teatro do Oprimido, de Augusto Boal, que têm por objetivo a desmecanização física e intelectual de seus praticantes, e a democratização do teatro, possibilitando que os oprimidos se apropriem dos meios de produzir arte e amplie suas possibilidades de expressão humana e de transformação social.

“O Teatro do Oprimido oportuniza aos participantes uma experimentação do trabalho de atuação e de construção de cena a partir de diferentes técnicas. A oficina trabalhou com a técnica do Teatro Fórum, onde são encenadas para plateia, os próprios participantes, modelos de cenas curtas que representam problemas sociais, com o intuito que a plateia entre em cena para mostrar em ação dramática, suas ideias e suas propostas durante um debate feito através do Teatro ", explica a professora.

 

Na programação do projeto, as oficinas também fazem parte da grade curricular da disciplina Estágio em Comunidade, ministrada pela professora Dra. Renata Patrícia Silva, que participa do projeto orientando e acompanhando três estudantes que estão cursando a disciplina neste semestre.

 

A Art'Sacra da Cia de Teatro participa da oficina como espaço de aprendizagem; e como meta do Projeto aprovado na Proex de levar a cultura e a arte a diversas comunidades e populações em condições de vulnerabilidade socioeconômica.

 

Para os interessados, a próxima oficina ocorrerá no dia 24 de outubro. 

 

 

 

Pesquisa

Grupos/Projetos de Pesquisa

Docente responsável

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A (des)construção da docência no/do cotidiano escolar: narrativas do Estágio Curricular em Teatro

Renata Patrícia da Silva

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Grupo de Estudo e Pesquisa Práxis Sócio Educativa e Cultural (PRÁXIS)

Roberto Francisco de Carvalho (Colegiado de Filosofia)

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Laboratório de Pesquisa em Composição Poética Cênica, Narratividade e Construção de Conhecimento

Juliano Casimiro

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Observatório das Artes

Adriana dos Reis Martins

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Poéticas da encenação no campo expandido: autobiografia, feminismos e teatralidades populares

Bárbara Tavares dos Santos

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Transver: Estudos de fronteira entre educação, comunicação e arte

Renata Ferreira da Silva

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Pesquisadores da UFT iniciam dossiê para registro das joias artesanais de Natividade como patrimônio cultural

Nos próximos 12 meses será realizada a pesquisa para o dossiê da Ourivesaria de Natividade. A ação é uma parceria entre pesquisadores e extensionistas da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Instituto Federal do Tocantins (IFTO), do Museu Antropológico da Universidade Federal de Goiás (UFG) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). 

 

O projeto tem o objetivo de atender à demanda da Associação Comunitária Cultural de Natividade (Asccuna) em reconhecer a ourivesaria de Natividade como patrimônio cultural. Ao fim da pesquisa bibliográfica, documental e de campo, serão produzidos relatórios de caráter etnográfico, descritivo e analítico e também um mini documentário a respeito.

A equipe multidisciplinar é coordenada pela historiadora e professora do curso de Teatro (UFT), Noeci Carvalho Messias.

O que é a ourivesaria?

A Ourivesaria de Natividade integra um amplo conjunto de joias artesanais confeccionadas com ouro e prata, utilizando diversas técnicas, sendo a filigrana uma das mais significativas. Esse modo de produção artesanal, que consiste no delicado bordado de hastes muito finas de ouro com laterais serrilhadas teria sido trazido à região de Natividade durante o período colonial por artesãos do Norte de Portugal.

Desde então a atividade tem sobrevivido em Natividade por séculos e, apesar de ter corrido o risco de desaparecer em alguns momentos, continua sendo desenvolvida por cerca de 40 artesãos e mestres em seis oficinas dessa cidade histórica tocantinense. Parte dessa continuidade se deve ao sucesso do projeto da Asccuna, que ofereceu oportunidades para jovens de baixa renda aprenderem o ofício, garantindo sustentabilidade econômica e a preservação mais democrática das técnicas. Com isso, alguns aprendizes abriram suas próprias oficinas, contribuindo para a continuidade material desse patrimônio cultural.

O caráter distintivo e específico da Ourivesaria de Natividade está nos motivos, na morfologia e nos significados simbólicos das joias, que mesclam elementos da natureza e da cultura popular brasileira e sintetizam os encontros históricos entre europeus e africanos, com as suas complexas e conflitantes relações, na confecção de peças elaboradas com metais preciosos extraídos até os dias atuais de áreas e empreendimentos mineradores da própria região de Natividade, como por exemplo, nos municípios vizinhos de Conceição e Almas.

Para saber mais detalhes sobre a Ourivesaria de Natividade, acesse a dissertação defendida no Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGG-UFT) por Wátila Bonfim.

https://repositorio.uft.edu.br/handle/11612/1155

 

Desejo da comunidade nativitana

A presidente de honra da Asccuna e mentora do projeto da Ourivesaria Mestre Juvenal, Simone Camêlo Araújo, conhecida como Simone de Natividade, é a proponente do pedido de registro junto ao Iphan e explica os principais motivos para isso. “As joias artesanais de Natividade são produtos de uma atividade que é secular, que é tradicional, que vem sendo repassada de geração em geração. E faz parte da memória e da identidade cultural da nossa gente. Para nós, as joias fazem parte do nosso cotidiano e são a nossa identidade. Quando as pessoas veem, perguntam se é de Natividade. Então, ela já é uma referência e esse projeto vem ajudar para a preservação desse bem e para uma consequente manutenção, né? A expectativa é de que a partir deste reconhecimento, sejam propostas políticas públicas para a preservação e também a ampliação. Essas joias, que são verdadeiras joias, que não são só do povo nativitano, né? Queremos ela reconhecida nacionalmente”.

 

A missão dos pesquisadores

No início de junho, 7, em reunião com participação do reitor da UFT, Luís Eduardo Bovolato, e da superintendente do Iphan (TO), Cejane Pacini, a coordenadora do projeto, Noeci Carvalho Messias, e o antropólogo do Iphan, Alessandro Lopes, foi destacada a parceria entre as instituições para objetivos em comum. Bovolato exaltou o quanto a parceria é importante para UFT participar de ações que vão além das salas de aula e laboratórios. Além disso, também relembrou o histórico de parcerias da UFT com o município de Natividade, como o Seminário de Comunicação e o mapeamento da capoeira no Tocantins.

Cejane detalhou como o Iphan está comprometido com o andamento à demanda dos ourives em serem reconhecidos, através do fomento à pesquisa e extensão que visa produzir e sistematizar conhecimento sobre o bem cultural. “A partir deste estudo o Conselho Consultivo do Iphan poderá apreciar o pedido de registro que já foi julgado pertinente pela câmara técnica. O Iphan vem realizando pesquisas e extensões sobre patrimônio cultural deste estado em parceria com a UFT, possibilitando não só a construção do conhecimento sobre bens culturais, mas também fomentando que acadêmicos possam ter uma experiência de pesquisa neste campo de atuação, ou seja, estimulando na formação de novos pesquisadores e extensionistas”.

A coordenadora da pesquisa, Noeci Carvalho Messias, afirmou que o desafio serve como motivação. “Vamos trabalhar para formar uma pesquisa potente para transformar a ourivesaria de Natividade em patrimônio brasileiro e assim projetar a ourivesaria no cenário nacional”.

Noeci ainda valorizou a composição da equipe para produzir o dossiê com texto, material fotográfico e vídeos sobre o bem cultural, com a participação de historiadores, antropóloga, atriz, jornalista, geógrafo e bolsistas de graduação. “É uma equipe bem diversificada, com pesquisadores qualificados para realizar estudo rigoroso com vista ao registro desse bem cultural. O registro é um instrumento legal de reconhecimento de preservação de valorização do patrimônio cultural brasileiro. Há anos a ourivesaria se mantém viva em Natividade sendo produzida e transmitida por diversas gerações configurando-se em um sentimento de identidade e de pertencimento dos nativitanos”.

A antropóloga da UFG, Nei Clara de Lima, já tem experiência bem sucedida em projetos de dossiê, com a aprovação das bonecas karajá, e se diz honrada em participar deste novo projeto. “Pesquisar a ourivesaria de Natividade é um sonho antigo desde que comecei, em 1980, meus estudos sobre as cidades do ciclo do ouro. Tenho muito interesse em tudo que diz respeito ao legado cultural do período colonial na região central do Brasil. Espero contribuir, juntamente com a equipe responsável pela pesquisa, altamente qualificada, com a consolidação da documentação necessária para que o Iphan reconheça e atribua o registro da ourivesaria de Natividade como patrimônio cultural do Brasil e realize ações de salvaguarda de um bem cultural pleno de historicidade e significação para seus detentores e a população de Natividade e seu entorno”.

O historiador e fotógrafo, Rafael Trapp, professor do IFTO em Dianópolis, considera que a pesquisa é de suma importância para valorizar o conhecimento sobre a Ourivesaria de Natividade e para aprofundar discussões sobre cultura material, memória e patrimônio cultural do Sudeste do Tocantins.

A professora do curso de Teatro na UFT, Renata Ferreira, declara que o campo de uma  pesquisa dessa natureza é definidor para o entendimento do quanto a universidade tem a  contribuir com a salvaguarda dos modos de expressão da cultura tocantinense. “É uma oportunidade transformadora, como pesquisadora, aprender com os nativitanos, não só sobre a ourivesaria, mas sobre os gestos, os modos de ser de um povo que revelam a nossa própria história”.

 

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