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Engenharia Florestal

Graduação e desafios: a trajetória de Eurípedes Carlos rumo a realização de um sonho

Por Liz Castro | Revisão: Daniela Camargos | Publicado: Segunda, 01 de Abril de 2024, 18h01 | Última atualização em Terça, 02 de Abril de 2024, 15h50

A Universidade Federal do Tocantins (UFT), Câmpus de Gurupi, realizou a colação de grau dos estudantes de graduação no mês de março. Entre os cursos que colaram grau está o de Engenharia Florestal, e entre os graduandos, Eurípedes Carlos, de 61 anos.

Eurípedes conta os desafios que enfrentou para continuar a jornada acadêmica: “Havia mais de 30 anos que eu tinha concluído o ensino médio, e o mais difícil foi com as matérias básicas, como Química,  Matemática, Física, dentre outras. A dificuldade financeira foi um grande obstáculo, pensei em desistir, mas com os programas de bolsas da Universidade e a participação em projetos de pesquisa e extensão remunerados, me ajudaram muito na continuidade dos estudos”, explicou Eurípedes.

Muitas foram as dificuldades de Eurípedes na graduação, mas o sonho de conseguir se formar não o deixou desistir: “Houve momentos em que pensei em desistir, pelas dificuldades financeiras, problemas familiares e emocionais, dificuldades de aprovação em certas disciplinas etc. E, em 2019, perdi um filho que me abalou muito. A persistência veio da consciência de que se eu desistisse estava desistindo de mim mesmo. A conciliação foi um pouco difícil, pois durante grande parte do curso eu tive dois filhos vivendo comigo (sou divorciado), uma com a idade de 8 anos e outro de 4 anos. Mas também foram motivadores  neste período”, conta.

Com a conclusão do curso, Eurípedes pretende atuar em Agroecologia e na Recuperação de Áreas Degradadas: “Fico aliviado e orgulhoso de ter conseguido concluir o meu objetivo. Eu também queria ser exemplo para meus filhos e sobrinhos, que não tinham curso superior, que era possível”, pontua.

O agora formado Engenheiro Florestal finaliza com um recado sobre saúde mental: “O Setembro Amarelo é um momento em que as atenções se resumem somente a este mês. Os problemas com a saúde mental são invisíveis, por isto creio que deveria haver uma maior interação entre a Assistência Social e Professores, como há com quem tem necessidades especiais. E aos meus colegas acadêmicos e as pessoas que tem o sonho de concluir um curso superior, vá em frente, não desistam”, conclui.

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