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EXTENSÃO

Projeto AEE-Renafor inova e aposta na qualificação de tutores para melhor mediação em formação de professores

Por Neuracy Viana (AEE) | Edição: Samuel Lima (Sucom) | Publicado: Sexta, 12 de Fevereiro de 2021, 16h31 | Última atualização em Sexta, 12 de Fevereiro de 2021, 17h15

Além de atuarem como formadores, os 30 tutores do curso em AEE estão participando de formação em mentoria, uma iniciativa inovadora nessa modalidade de curso

Com o objetivo de oportunizar aos 30 tutores do Curso de Extensão em Atendimento Educacional Especializado (AEE) com foco nas Deficiências Intelectual e Múltipla Sensorial a possibilidade de uma melhor mediação junto aos cursistas, a coordenação e equipe pedagógica do Projeto AEE, desenvolvimento pela Universidade Federal do Tocantins (UFT), em parceria com a Secretaria Estadual de Educação, Juventude e Esporte (Seduc), e Ministério da Educação (MEC), incluíram na proposta original a formação de tutores enquanto mentoria.

Assim, além do aprofundamento do conteúdo com o qual irão trabalhar, garantindo uma maior segurança para a realização das mediações, os tutores receberão certificação concedida pela UFT ao final da formação, que tem carga horária de 90h e, como o curso AEE, tem duração de seis meses.

Segundo a professora Kátia Rose Pinho, coordenadora geral do projeto, a formação de tutores tem o objetivo de proporcionar conhecimento específicos sobre a temática trabalhada no curso em AEE, considerando a necessidade de ampliar os conhecimentos e muni-los de estratégias motivadoras para que possam realizar a tutoria junto aos professores. “O processo avaliativo contínuo mostrará os resultados dessa mentoria através do desempenho dos cursistas sob a responsabilidade dos tutores”, disse, complementando que os conteúdos pedagógicos a serem vivenciados e assimilados pelos professores do AEE e da sala de recursos multifuncionais das escolas públicas, durante o período de seis meses (janeiro-junho/2021), receberão os questionamentos e dúvidas dos tutores inicialmente e desdobrados pela equipe pedagógica de tal modo que estes possam responder prontamente aos questionamentos durante os eventos síncronos que acontecerão de acordo com o cronograma elaborado pelos tutores.

O professor George França, que também é vice-coordenador e atua na supervisão do projeto, destaca que o projeto tem 750 alunos e que, para tanto, foi necessário contar com uma equipe de 30 tutores, que são vinculados à rede pública municipal e estadual. Ainda conforme França, o curso de mentoria foi desenvolvido para fortalecer o processo de aprendizagem, algo, de acordo com ele, talvez inédito, dentro deste tipo de modalidade de curso. “O Tocantins, por meio deste projeto, é o primeiro a organizar uma formação de tutores com essas características, ou seja, o projeto apresenta dois cursos consolidados, fortalecendo ainda mais a ação da educação especial nas escolas”, frisou.

A professora Zaíra de Oliveira, responsável pela consolidação da ideia do projeto e integrante da equipe pedagógica e de desenvolvimento de conteúdo, juntamente com as professoras Paola Regina Bruno e Simone Arruda, explica que a proposta dessa formação surgiu como uma demanda do curso em AEE, e a partir de então foi construída uma metodologia em que a equipe pedagógica trabalha os temas com os tutores antes de publicar na plataforma EaD para os cursistas. “Os tutores, nesse curso, têm o papel de mediador, mas um mediador qualificado, que não trabalha só com o operacional, mas que, também, faz a mediação de aproveitamento de conteúdo, e compreensão, por parte dos cursistas, em relação aos objetos de aprendizagem que estamos publicando na plataforma”, disse citando que o grupo é muito qualificado.

Experiência

Nádia Borges atua como tutora e coordenadora de cursos de EaD em nível de graduação e especialização Lato Sensu desde 2012 e agora integra a equipe de tutores do Projeto AEE. Para ela, a UFT, a Seduc e o MEC inovaram na organização e promoção do curso de aperfeiçoamento para qualificação dos professores da educação especial e professores em geral, construindo um projeto de forma que coordenadores, professores, tutores e equipe técnica e administrativa participem integralmente e de forma colaborativa na construção de cada pré-módulo, módulo e pós-módulo.

“Nós, como tutores, não recebemos apenas uma apostila com questões acertivas para apenas corrigir fóruns ou questionários dos nossos alunos”, disse, informando que os tutores têm sido convidados a participar da construção das atividades propostas aos alunos e encorajados a organizar momentos de interação com as turmas, em tempo real, em salas de bate-papo virtual.

Também tutor do projeto, Breno Suarte destaca a importância da experiência. “Nesse projeto não apenas desenvolvemos nossas atribuições e aprendemos a lidar com cursistas, AVA e conteúdo, mas também compartilhamos experiências que contribuem para o nosso fazer e a nossa participação na sociedade para a materialização da inclusão”, disse.

“O diferencial nesse projeto é justamente a sensibilidade que a equipe de coordenação do curso tem em relação às escolhas das temáticas abordadas, a conexão dos saberes às práticas futuras dos cursistas que estão sendo formados e a preocupação em preparar de fato todos os tutores para o desenvolvimento das suas atividades”, completou, ressaltando que o curso tem garantido qualidade em todos os aspectos.

Graziane Pacini Rodrigues, que atua na área há quase 15 anos, também enfatiza a experiência valiosa, tanto no aspecto profissional quanto pessoal. “Fico muito feliz ao presenciar, mesmo que à distância, todo o empenho e dedicação das minhas cursistas e sinto o desejo e a determinação de cada uma delas em aprender, desconstruir e construir novos conhecimentos, bem como, em fazer a diferença na Educação Especial!”

A tutora diz que tem paixão pelo que faz e que, nesse processo de construção e desconstrução, vem buscando aprender, evoluir e se desenvolver a cada nova oportunidade. “Está sendo gratificante e oportuno trocar, compartilhar e aprender, em nossos momentos formativos tanto na "Mentoria", com as Equipes Pedagógica, Administrativa e Operacional do curso, como nas interações no Ambiente Virtual de Aprendizagem.”

Sobre o projeto

O Projeto de Extensão em Atendimento Educacional Especializado – AEE com foco nas Deficiências Intelectual e Múltipla Sensorial nasceu a partir da necessidade de formação de professores para o atendimento Educacional Especializado com foco nas Deficiências Intelectual e Múltipla Sensorial da Rede Pública Estadual e Municipal de Ensino, nas escolas da Educação Básica.

O objetivo é oportunizar avanços, aprendizagens e inclusão pedagógica dos estudantes da Educação Especial. A proposta é qualificar as práticas das salas de aula comuns a partir do conhecimento, suporte, recursos, materiais adaptados e de tecnologia assistiva, e dar condições de expansão de apoio e acompanhamento pedagógico deste público nas escolas tocantinense.

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