Workshop de Energia Solar tem dia de minicursos e palestras nesta terça

A palestra "Smart Grids", com a professora Gisele Parmezzani Marinho, do curso de Engenharia Elétrica da UFT (Câmpus de Palmas) abriu nesta segunda-feira (15), a programação do I Workshop de Energia Solar, que teve continuidde nesta terça (16) pela manhã, com minicursos sobre "Conceitos e Dimensionamento Fotovoltaico", com Alcy Monteiro, e "Sistema de Bombeamento de Água por Energia Solar", com representantes da empresa Unità; e à tarde estão previstos os minicursos "Análise Econômica da Viabilidade de SFCR", ministrado por  Alex Vilarindo, e "Instalações Hidráulicas com Aquecimento Solar", ministrado por Daniel Kochi. O evento é uma iniciativa da Liga Acadêmica de Energia Solar (Lies).

Workshop ocorre no Bloco D (Anfiteatro), no Câmpus da UFT em Palmas (Foto: Paulo Teodoro/Dicom)

Para a noite a programação prevê duas palestras: "Os Novos Desafios e Oportunidades da Engenharia na Geração de Energia Limpa Pós COP 21", com Rafael Boff, e "Planejamento Assertivo Para Uma Vida de Sucesso", com Alex Cabon. Na abertura, segunda-feira (15) estiveram presentes a pró-reitora de Extensão, Cultura e Assuntos Comunitários, Maria Santana, representando o reitor em exercício, Luís Eduardo Bovolato; a diretora do Câmpus de Palmas, Ana Lúcia de Medeiros; o coordenador do curso de Engenharia Civil, Salmo Moreira; a representante da Incubadora da UFT, Maria Joaquina Goulart; o professor orientador da Lies, Alexandre Moreira; e o presidente da Lies, Fabriciano Gomes.

Professora Gisele (ao microfone) durante palestra ao lado dos integrantes da mesa de abertura (Foto: Paulo Teodoro/Dicom)

Palestra
O Workshop tem o objetivo de ampliar os conhecimento sobre os conceitos e práticas na área de energia solar, através da socialização e interação entre professores, alunos e o mercado de trabalho. Na palestra de abertura, a professora Gisele destacou que não há um conceito bem definido sobre "smart Grids" ou redes inteligentes, já que ainda existe uma série de estudos sobre esse campo e também vários recursos dentro dessa rede fazendo com que cada autor foque na parte que julga ser mais importante."Eu uso a definição que smart grids é "uma rede de energia elétrica que utiliza avançadas tecnologias de informação e comunicação para monitorar e gerenciar o transporte de eletricidade a partir de todas as fontes de geração para atender as diferentes demandas de energia elétrica dos consumidores finais, permitindo integrar recursos de geração (incluindo local), de armazenamento e da demanda"", afirma.

A professora ressalta que nesse momento é que se pode falar de energia solar."A partir da inserção desses recursos energéticos distribuídos, fontes de energia próximos ao consumidor, em que ele agora passa a ser um ativo no sistema elétrico de potência. Então os questionamento de como será utilizada e redistribuída essa energia também faz parte desse esqueleto dessas redes inteligentes", explica. A professora destaca que o interesse do consumidor em saber o funcionamento dos aparelhos elétricos em sua casa e pela economia, torna esse sistema flexível e cria uma necessidade de gerenciamento de informações.

A professora trouxe como exemplo a casa inteligente, que tem como benefícios a produção de energia própria, menor custo, tomada de decisões antes do consumo, e o uso de energia limpa, já que vai utilizar fontes renováveis, e melhor eficiência energética. "Se houver um problema na rede o consumidor pode utilizar-se só da energia armazenada na sua casa", garante.

As motivações do estudo dessas redes inteligentes incluem: aumento da eficiência do sistema, na qualidade dos serviços, predição e localização de falhas, além do isolamento de defeitos e redução do tempo e da frequência de interrupção de energia.

Evento conta com participação de estudantes das engenharias Civil e Elétrica (Foto: Paulo Teodoro/Dicom)

Foco nos estudos
A Lies é um grupo formado por pessoas que tem um interesse em comum: o estudo da energia solar. De acordo com o presidente da Lies, Fabriciano Gomes, o Liga não foi criada de forma instantânea. "Nós tínhamos esse mesmo interesse e começamos a pesquisar de forma autônoma, percebendo que não haviam muitos estudos sobre a energia solar aqui em Palmas e a UFT estava muito atrás de outras universidades", declara. A partir dessa constatação, esse grupo passou a se reunir toda semana e então criaram a Lies. Fazem parte da Liga tanto estudantes do curso de Engenharia Civil como de Engenharia Elétrica.

A importância da Liga reside justamente no fato dela trazer a visibilidade a um assunto ainda pouco estudado, através de um contato mais direto com a comunidade acadêmica e externa. "A Lies é baseada no ensino, pesquisa e extensão, e é importante devolver as pesquisas para a população, como um retorno para que a comunidade saiba o que se está pesquisando na Universidade", conclui.