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Bibliotecário, zeloso guardião do conhecimento

Por Paulo Aires | Publicado: Domingo, 12 de Março de 2017, 00h00 | Última atualização em Segunda, 13 de Março de 2017, 10h20

Qualquer leitor ou pesquisador, de olhos fechados ou abertos, pode imaginar uma montanha de milhares e milhares de livros em total desordem, uma Torre de Babel bibliográfica, e, de repente, surge o desejo de folhear uma obra em particular: “O último leitor”, de Ricardo Piglia ou “A biblioteca à noite”, de Alberto Manguel, por exemplo. Certamente, sucumbido pela falta de organização, lembrará da fascinante e imprescindível tarefa de um bibliotecário.

Noutro plano, você concebe essa imensidão de livros e afins, em infinitas prateleiras, devidamente sistematizados pela Classificação Decimal de Dewey (CDD), também conhecida como Sistema Decimal de Dewey. Daí sua vida de leitor ou pesquisar ganha harmonia, fôlego, praticidade e conforto. Sendo assim, em poucos minutos, você terá em mãos o conto “A biblioteca de Babel”, de  Jorge Luis Borges ou o romance “O nome da rosa”, de Umberto Eco.

Estranho não será, caso você lembre daquela famosa citação de Borges: “Sempre imaginei o paraíso como um tipo de biblioteca.” E, então, agradecido, entenderá melhor o sublime ofício do bibliotecário, cuja profissão é comemorada Dia 12 de Março.

 

O bibliotecário, seus dias e sua missão

No Brasil, o Dia do Bibliotecário, foi instituído pelo Decreto nº 84.631/1980, a ser comemorado em todo o território nacional a 12 de março, data do nascimento do bibliotecário, escritor e poeta, Manuel Bastos Tigre.

Edson Oliveira, diretor do Sistema de Bibliotecas – Sisbib/UFT, há 12 anos servidor da UFT, defende a profissão de maneira enfática e apaixonada, “ao entrar na universidade, eu já tinha clareza de que queria estudar Biblioteconomia, queria ser bibliotecário. Deixei outras atividades profissionais para ser bibliotecário.”

Oliveira sublinha que a profissão é fundamental porque na biblioteca, hoje, se agrupa o conhecimento produzido por diversas gerações que deve ser disponibilizado para as gerações que virão, e assim vai se ampliando o acervo do conhecimento humano. Recorda que o bibliotecário passa quatro anos e meio na universidade, estudando todas essas questões inerentes a esse mundo do conhecimento.

Edson fala da importância da profissão (Foto Paulo Aires)Edson fala da importância da profissão (Foto Paulo Aires)“No processo de formação, você vai desenvolvendo as competências para atuar em diversas áreas que a Biblioteconomia abrange. O trabalho consiste em organizar, armazenar de forma adequada, preservar, classificar, catalogar e disponibilizar essa informação de maneira sistemática pata atender bem o usuário conforme sua necessidade”, conclui o bibliotecário.

A Universidade Federal do Tocantins (UFT) conta com 18 bibliotecários concursados, distribuídos em oito bibliotecas em seus sete câmpus. São eles e elas: Nilo Marinho, Kátia Cidalina, Meirilane Leocádio, Isaias Barreto, Gloria Maria Lopes, Fani Rodrigues Hisatomi, Geraldo Costa, Rose Pires, Paulo Roberto Almeida, Emanuele Santos, Marcos Maia, Atilena Oliveira, Regina Balduino, Elza Simões, Janira Iolanda Lopes, Núbia Nascimento, Michelle Souza do Carmo e Edson Oliveira.

Mais próximo do Tocantins, o Curso de Biblioteconomia é oferecido nas universidades federais do Pará, Maranhão, Goiás e no Distrito Federal.

Os zelosos profissionais da Biblioteconomia vivem em plenitude a mais ampla tradução daqueles versos de Caetano Veloso, na canção “Livros”: “Os livros são objetos transcendentes/ Mas podemos amá-los do amor táctil” – e, por isso mesmo, merecem nosso respeito e admiração.

Confira matérias que tratam do universo do livro e da biblioteca:

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