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Extensão Universitária

Programas expandem os limites da formação acadêmica e se revertem em benefícios para a sociedade

Por Paulo Teodoro e Daniel dos Santos | Publicado: Quarta, 08 de Fevereiro de 2017, 13h28 | Última atualização em Quinta, 09 de Fevereiro de 2017, 13h37


O papel de uma universidade vai além da oferta de educação formal superior, voltada para a formação para o mercado de trabalho e restrita aos seus acadêmicos. Inserida em um contexto de desigualdade socioeconômica, a UFT entende que toda a comunidade deve ter acesso ao conhecimento científico, tecnológico e cultural produzido dentro da Instituição, e por isso desenvolve programas e projetos de extensão que têm como objetivo fazer a integração entre Universidade e Sociedade.

Conduzidos pela Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Comunitários (Proex), os programas e projetos de extensão são uma forma dos universitários e docentes aplicarem o conhecimento acadêmico em ações que beneficiem a população, ao mesmo tempo em que recebem de volta todo o aprendizado envolvido. A política de extensão da UFT está pautada em três eixos: promover a cidadania; apoiar a diversidade étnico-cultural e promover a arte e a cultura. Leonardo Peris, servidor da Diretoria de Extensão da Proex, destaca que a extensão é uma das bases que sustentam a estrutura universitária, sendo indissociável das outras duas pontas do tripé, que são o ensino e a pesquisa.

A UFT mantém um edital de fluxo contínuo, aberto todo ano, em que professores podem cadastrar projetos de extensão. De acordo com Peris, a participação dos alunos na extensão é fundamental, e contribui para agregar valor à formação dos estudantes. "Entre os aspectos da extensão universitária está o que se chama de natureza acadêmica, que é o envolvimento do aluno nas atividades de extensão. Assim, a aplicação do conhecimento gerado na Universidade em prol da sociedade beneficia também os estudantes", ressalta ele.

É nesse contexto que aparece o Programa Institucional de Bolsa de Extensão (Pibex). O Pibex articula ensino e pesquisa, e se baseia no processo educativo, científico e cultural. "É uma forma de incentivar os acadêmicos a se engajarem nas atividades de extensão. Eles recebem bolsas para colaborar na equipe de execução, na aplicação das ações de extensão da universidade e colaboram com os professores", declara Leonardo Peris. Os alunos interessados devem ficar atentos aos editais da Proex, publicados no Portal da UFT, e vincular-se a um programa de extensão com aprovação de um professor.

Um dos projetos selecionados para bolsa no Pibex no ano passado foi o "Justiça para todos". O projeto levou orientação jurídica às comunidades carentes de Palmas, oferecendo um atendimento mais humanizado e de fácil compreensão para a comunidade. "Justiça para todos" funcionou de outubro a dezembro de 2016 e foi uma parceria do Centro Acadêmico de Direito da UFT, do Núcleo de Práticas Jurídicas, da Proex e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social da Prefeitura de Palmas.

A Universidade conta também com o Pibex Cultura, destinado exclusivamente para a área de cultura, além do Programa de Extensão Univesitária (ProExt), do Governo Federal, que é focado na inclusão social e dá suporte para que as instituições de ensino superior desenvolvam programas ou projetos de extensão.

As produções artísticas de docentes, discentes, técnicos-administrativos e artistas de todos os lugares têm espaço para apreciação na Reitoria da UFT, através do projeto Corredor Cultural. Obras de arte bidimensionais, como pinturas, gravuras, fotografias e colagens, são expostas e têm o intuito de oferecer a oportunidade de contemplar obras de artes visuais à comunidade acadêmica e externa. A seleção ocorre por meio de edital e qualquer interessado pode participar.

Em setembro do ano passado, ocorreu a exposição "Mundos no mundo" do poeta e artista plástico Paulo Aires, que propunha um a reflexão crítica sobre a relação do ser humano com a natureza. O artista criou as peças manualmente, com fatias de madeira recolhidas em marcenarias, terrenos baldios, na rua e no cerrado e a exposição teve inspiração inicial nas canções "Livros", de Caetano Veloso; e "Guardanapos de papel", de Leo Masliah e Milton Nascimento, além de ser uma homenagem aos artistas que Aires admira.

A Extensão da UFT também resultou em programas de longo prazo que beneficiam inúmeras pessoas. Um desses programas é a Universidade da Maturidade (Uma), que se consolidou como um espaço de convivência e integração entre acadêmicos e idosos, visando o envelhecimento digno e sadio. Outro destaque é a Incubadora de Empresas da UFT. Esse programa tem o intuito de dar suporte para o desenvolvimento de empresas de base tecnológica e de dar visibilidade às produções tecnológicas da comunidade acadêmica. No Câmpus de Gurupi há a Incubadora de Empresas de Biotecnologia.

Também merece menção o Programa de Acesso Democrático à Universidade (Padu), que oferece um cursinho pré-vestibular a alunos egressos das escolas públicas e que se encontram em situação de vulnerabilidade econômica. O Padu visa a democratização do acesso ao conhecimento, uma proposta semelhante à do Centro de Idiomas, voltado para o ensino de línguas estrangeiras, que ganha relevância considerando o mercado de trabalho cada vez mais disputado em função da globalização. Os interessados podem acompanhar os projetos cadastrados na Proex através da área de consultas na página do Sistema de Informação e Gestão de Projetos (Sigproj).

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