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Democratização do Ensino Superior

UFT aprova política de ações afirmativas para a pós-graduação

Por Caroline Falcão e Bianca Zanella | Publicado: Quinta, 23 de Março de 2017, 17h12 | Última atualização em Sexta, 24 de Março de 2017, 15h51

A Universidade Federal do Tocantins (UFT) deu, nesta quinta-feira (22), mais um passo em relação às políticas de ações afirmativas. É que foi aprovada pelo Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) resolução que visa à ampliar a inclusão e a permanência de alunos preto, pardos, indígenas, quilombolas e com deficiência nos cursos de pós-graduação stricto sensu (mestrados e doutorados). 

Reunião Consuni Consepe - Foto: Paulo AiresReunião Consuni Consepe - Foto: Paulo Aires

A UFT já vinha adotando ações afirmativas na graduação desde 2004, e agora amplia essa política integralmente para a pós-graduação. Tal medida respalda e normatiza uma prática que já vinha sendo adotada isoladamente por alguns programas de pós-graduação lato e stricto sensu da Universidade. É o caso da Especialização em Ensino de Comunicação/Jornalismo, que estabelece cotas para indígenas, quilombolas e para pessoas com deficiência. No stricto sensu, são exemplos o Mestrado em Demandas Populares e Dinâmicas Regionais, sediado no Câmpus de Araguaína, e o Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente (Ciamb), do Câmpus de Palmas, que foi o primeiro curso a implantar cotas e a formar indígenas com a titulação de mestre na UFT. 

"As cotas na pós-graduação são uma forma de oportunizar aos alunos de graduação a continuidade em seus estudos", defendeu o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Raphael Sanzio, que explicou que cada programa poderá determinar até 50% do seu número de vagas para as ações afirmativas, ficando a critério de cada curso definir esse percentual.

Para o professor do Ciamb, Heber Gracio, a normatização é positiva para ampliar a diversidade nos cursos de pós-graduação da UFT. "Isso traz elementos importantes para discussões e pesquisas acadêmicas, pois esses grupos sempre trabalham questões diferenciadas, voltadas a sua representatividade, que enriquecem os estudos acadêmicos", ressalta.

Eugi Moreira, indígena da etnia Karajá-Xambioá, ingressou na graduação, no mestrado e no doutorado na UFT por meio de cotas, e também afirmou ser favorável à proposta: "Ser aprovada em um curso de pós-graduação também é mais difícil para o aluno cotista devido ao seu ensino de base", justifica ela, que formou-se no Curso de Pedagogia na UFT, foi uma das primeiras alunas a entrar no curso de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente, em 2013, e atualmente cursa o doutorado no mesmo programa, onde desenvolve pesquisa sobre a Política de Gestão Ambiental de Terras Indígenas.

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