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UFT completa seus 18 anos: venha conhecer algumas histórias!

Por Gihane Scaravonatti | Publicado: Sexta, 14 de Mai de 2021, 14h00 | Última atualização em Sábado, 15 de Mai de 2021, 12h18

18 anos é uma idade de “responsa”, né? Ou, pelo menos, é quando a gente começa a ouvir o tal do “agora você já é maior de idade” – soando como um aviso, um alerta; uma carga de compromissos que ainda se desconhece e, por isso, nos assusta. É como se, de repente, a gente atravessasse uma espécie de portal pra vida adulta: e vai com medo mesmo; vai com tudo que é frio na barriga, sonhos, expectativas e, vez ou outra, bate aquela vontade de retroceder uns passos e se agarrar de volta à adolescência.

Mas, a gente sabe que não há escolha a não ser avançar. E mesmo que, no começo, nos sintamos muito perdidos, aos poucos abrimos nossos próprios caminhos para nos fazermos adultos. Entre erros, dúvidas e acertos, vamos nos transformando em “um bicho [que] conhece a sua floresta; e mesmo que se perca – perder-se também é caminho.” (Clarice Lispector, em “A Cidade Sitiada”, 1949).

18 anos é a idade que a Universidade Federal do Tocantins (UFT) completa neste sábado (15). Apesar de tão jovem, ela também avança corajosa para crescer – e já faz bonito mesmo diante de instituições bastante adultas e de trajetórias admiráveis. No mês passado, o Ministério da Educação (MEC) divulgou as notas da avaliação do Índice Geral de Cursos (IGC) 2019 e a UFT recebeu nota 4 (numa escala de até 5): é a mesma nota, por exemplo, de uma de suas irmãs do Norte mais respeitadas, a Universidade Federal do Pará (UFPA), com seus 119 anos desde a fundação de sua Faculdade Livre de Direito e 63 anos como UFPA, propriamente.

A UFT amadurece porque pulsam sonhos dentro dela. Milhares de sonhos, na verdade, alimentados por estudantes, técnicos, professores e terceirizados que levam para o alto esta instituição. E, entre os muitos alunos e alunas que já passaram por aqui, alguns retornaram ou continuaram nesta casa depois de formados, seguiram ajudando na sua construção. Hoje, vamos conhecer três desses personagens, mas, antes, um salve a nós e à UFT: parabéns a nossa Universidade e sejamos sempre orgulhosos por ajudá-la a crescer!  

18 anos de casa: o estudante e técnico que viu a UFT nascer e cresceu com ela

Geraldo José Ferreira Junior está na UFT há exatos 18 anos: conhece, assim, a Universidade desde o nascimento dela. Ingressou na instituição em 2003 (ano de implementação da UFT), como aluno de Comunicação Social/Jornalismo. Por percalços da vida, teve de trancar o curso, mas voltou em 2008 e se graduou em 2011.

Três anos depois, retornou à Universidade, já como técnico concursado, no cargo de Produtor Cultural: “ou seja, meu vínculo com a UFT aumentou mais ainda, sendo que, logo em seguida, ingressei também no Mestrado em Políticas Públicas ofertado”, conta Junior. E pensa que esta relação “estagnou” por aí? De jeito nenhum: hoje, o servidor, jornalista e mestre é também um estudante de Direito na UFT – curso para o qual foi aprovado apenas meio ano após concluir a pós-graduação. “Sou muito grato pela Universidade. Grande parte da minha vida – tanto acadêmica quanto profissional - eu venho desenvolvendo nela", afirma.

E sobre o reencontro com os professores da graduação? “É muito interessante esta relação transformadora: eu estive aqui como discente e, agora, sou um colega de trabalho de muitos dos que foram meus professores no Jornalismo. É bastante gratificante eu poder usar os conhecimentos que obtive na graduação para aplicar no que é, hoje, o meu ambiente profissional – trabalhando na UFT com extensão, cultura e assuntos comunitários”, destaca ele. Que trajetória super exitosa, sim? 

“Era a hora de voltar para casa”: a egressa que retornou à UFT como professora


A história de Glêndara Aparecida de Souza Martins com a UFT começou quando ela, hoje professora da instituição, era apenas uma menina: aos 16 anos de idade, com o ingresso no curso de Engenharia de Alimentos. O ano era 2003; a Universidade, uma recém-nascida.

Naquele momento, a situação financeira familiar era bastante difícil e, então, Glêndara cursou toda a graduação (em turno integral) tendo de dividir tempo e energia com o trabalho, que executava no período noturno: “na época, prestei um concurso público para Assistente de Serviços de Saúde, um cargo de nível médio no Estado. Era uma rotina bastante puxada: eu saía de casa pela manhã, passava o dia na UFT, trabalhava à noite em turno intercalado. E era assim que eu podia voltar para casa para descansar: noite sim, noite não”, relata.

Mas o propósito de se graduar, conseguir um bom emprego e ajudar sua família lhe deu coragem para encarar um “quase impossível”. Ao longo do curso, dedicou-se ao máximo às atividades também de pesquisa e extensão: “e foi então que entendi que eu gostaria de seguir a carreira como docente e pesquisadora”, conta ela. Por isso, depois de se formar, Glêndara tomou novo fôlego e partiu imediatamente para a pós-graduação, cursando o mestrado na Universidade Federal de Lavras. “Tive de me esforçar bastante. Minhas condições financeiras ainda eram limitadas. Além disso, a UFT era muito jovem e eu desejava mostrar que, apesar de ter vindo de uma instituição à época pequena, eu tive uma boa formação; tinha, sim, as condições para me aperfeiçoar e estava ali para buscar o meu título”.

Assim que se tornou mestra, veio a oportunidade de voltar à UFT, em um concurso aberto para professor do Curso de Engenharia de Alimentos: “eu não tive dúvidas de que era a hora de voltar para casa e de contribuir com a instituição que me formou. Eu poderia levar, especialmente aos alunos da UFT, a mensagem de que, da mesma forma que eu consegui, com todas as dificuldades que enfrentei, assim eles também poderiam”.

Hoje, Glêndara é uma das professoras-pesquisadoras de maior destaque na Universidade, envolvendo-se amplamente com a formação de seus alunos, além de abraçar uma diversidade de projetos de pesquisa e extensão. É doutora em Biodiversidade e Biotecnologia pela UFT e pós-doutora pelo Agrocampus Ouest, na França. Um(a), entre tantos(as) egressos(as), que enchem o coração da jovem UFT de orgulho! 

Aproveitando todas as oportunidades da UFT: “já são 10 anos andando pelos corredores dela”

Assim como muitos jovens adultos de 18 anos, Wainesten Camargo da Silva viu-se um tanto perdido sobre o que fazer da vida, tão logo concluiu o Ensino Médio: “eu não sabia, ao certo, que curso escolher, para onde ir... Por fim, fui fazer Ciência da Computação na Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). Não quis seguir com o curso e, como tinha familiares no Tocantins, decidi vir pra cá e tentar um novo vestibular, sendo aprovado em Ciências Econômicas. Mas, no outro ano, prestei o Enem e mudei para Direito, onde me graduei”, relata.

Porém, o período que fez em Econômicas levou Wainesten a estabelecer seus primeiros contatos com professores que, futuramente, iriam lhe motivar para a pós-graduação. “O professor Waldecy Rodrigues, da Economia, foi meu orientador de Pibic e, depois, também de mestrado. Hoje, me orienta no doutorado”. O ingresso de Wainesten na trajetória acadêmica se deu quase que todo por incentivo de professores da Economia, com quem desenvolveu projetos no decorrer da graduação. Assim, apesar de ter feito o curso de Direito, acabou mantendo a proximidade também com aquela área, por meio da pesquisa.

Desde a graduação, Wainesten é aquele aluno que agarrou, por completo, as oportunidades da UFT: “durante os cinco anos de graduação, eu costumo dizer que aproveitei tudo o que a Universidade tinha para oferecer, sem exceção: fiz Pibic (ficando em primeiro lugar numa das edições e, assim, podendo representar nacionalmente a UFT); utilizei os auxílios para participar de eventos acadêmicos e apresentar trabalhos; fui bolsista em mobilidade acadêmica no Brasil e no exterior; fiz projetos de extensão; fui representante dos alunos”, cita entre os exemplos de sua jornada estudantil.

O egresso de Direito – hoje doutorando pelo Programa de Desenvolvimento Regional - já celebra uma década de “corredores da UFT”, local onde, desde então, vivencia a maior parte de sua rotina. “Uma vez, numa reunião do colegiado de Direito, em que eu era representante do Centro Acadêmico, saí da sala e, quando voltei, já estava com outra roupa. Uma professora estranhou: ‘como o Wainesten trocou de roupa?!’ É que eu usava o vestiário da UFT para tomar banho. Chegava à Universidade de manhã e só saía à noite”, conta, num episódio divertido.

Sobre planos profissionais? Wainesten pretende mesmo seguir a carreira acadêmica. Recentemente, foi aprovado para cursar doutorado sanduíche na Drexel University, da Pensilvânia (EUA), para onde levará sua pesquisa sobre "Dados Sociodemográficos e Políticas Públicas para o Autismo”. A estadia será integralmente custeada pela Comissão Fulbright, um dos programas de bolsa mais relevantes do mundo, por meio do qual foram contemplados, com Prêmio Nobel, um número de egressos superior ao de qualquer outro programa acadêmico. Sucesso, Wainesten: você é uma das muitas felicidades no aniversário da UFT!

Como nasceu a UFT?

Talvez você já conheça a história da fundação da UFT (se não, clique aqui), com sua instituição - por Lei - em 2000 e implantação efetiva em 2003, tendo a posse dos primeiros professores. Mas, e a “história por trás da história”, ouviu falar? O nascimento da UFT se deu especialmente pela força estudantil, que brigou por um estudo superior público e de qualidade para o Tocantins (clique aqui e saiba mais).

A UFT em números (aproximados), mas, sobretudo, em gente
  • Estudantes: 20.000
  • Professores: 1101
  • Técnicos: 864
  • Número de graduações: 80
  • Número de pós-graduações (entre especializações, mestrados e doutorados): 80
Algumas das conquistas que marcaram a Instituição

Foram muitas as conquistas significativas, em pouco menos de duas décadas, desde a fundação da UFT. Aqui vão algumas delas:

Lembrou de algum acontecimento bem legal que a gente não citou? Mande um e-mail para comunicaçãEste endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e vamos seguir construindo, juntos, esta lista dos 18 anos da UFT. Daremos a você os créditos, na notícia, pela boa memória e lembrança!

Confira o vídeo especial sobre o aniversário de 18 anos da UFT

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