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EXTENSÃO

Projeto ‘Músicos da Alegria’ busca diminuir estresse de pacientes e funcionários do Hospital Geral de Palmas (HGP)

Por Diogo Paz | Supervisão: Thaize Macedo (Rádio UFT FM) | Revisão: Paulo Aires | Publicado: Terça, 04 de Fevereiro de 2020, 17h29 | Última atualização em Sexta, 07 de Fevereiro de 2020, 10h56

Com violino, saxofone, violão e sorriso no rosto, o grupo "Músicos da Alegria"; leva música e emoção aos corredores do Hospital Geral de Palmas (HGP), nos fins de semana. A iniciativa foi contemplada com um edital de apoio da Fundação Cultural de Palmas e é uma realização da Associação Viva Música em parceria com a Proex/UFT e a Secretaria Estadual de Saúde. O objetivo é levar musicalidade aos pacientes que passam por tratamento de doenças graves e de alta complexidade no Hospital.

Há cerca de dois meses, o grupo vem visitando o Hospital às quintas-feiras, sextas-feiras e sábados, das 16h às 18h. A ideia do projeto é deixar a leveza e a alegria da música se espalharem pelos ambientes do hospital público mais lotado do Estado. Assim, além de uma importante ação cultural de incentivo à formação de plateias, a atividade traz benefícios terapêuticos, contribuindo para o bem-estar físico e emocional dos pacientes em tratamento e, também, dos profissionais ali presentes.

A professora do curso de Enfermagem e responsável pelo treinamento dos musicistas para atuarem em ambiente hospitalar, Julliany Lopes, afirma que a música tem a força de levar energias positivas, sobretudo, para pessoas que passam por esse momento de dificuldade. “A música ajuda na recuperação de uma pessoa que está doente e, essa constatação, já foi comprovada cientificamente. Não apenas com atividades de musicoterapia, mas com essas ações de ir aos hospitais e levar mais alegria aos pacientes. A música tem um cunho social e emocional, que é uma esperança para aqueles que estão adoecidos”, disse a professora.

A paciente Lucilene da Silva está internada há um mês, mas faz tratamento há um ano, com frequentes idas e voltas ao hospital. Ela conta que passou a valorizar ainda mais a música nos últimos meses, desde quando o grupo foi tocar no último Natal. Ela disse que fez questão de sair de seu quarto e assisti-los. “A gente fica aqui, não sai lá fora, não ver as luzes e as únicas pessoas que vemos aqui são os médicos e enfermeiras e é muito gratificante receber a alegria desses meninos... Alegra, relaxa e faz a gente esquecer das dores. É renovador”, conclui.

Para o ex-músico que está internado há 15 dias, João Arão Silva, a música ajuda não apenas os pacientes, mas também os profissionais que ali estão, que precisam acompanhar todo o processo no hospital. “A música tem o poder de renovar as energias, de mexer com a alma da pessoa, sabe?! Pra mim, é uma felicidade ver vocês animando nós, pacientes, e esses profissionais que passam o dia com a gente”, ressalta.

Além de se apresentar na área central do HGP, parte do grupo musical passa por ambulatórios e áreas de internação. O objetivo é atrair os pacientes e fazê-los sair dos quartos. No entanto, nem todos têm essa liberação, mas é possível sentir a música ecoando nos corredores e, junto ela, a emoção transborda pelos olhos dos internados. No fim da apresentação, a violinista Weliane Monteiro, teve o sentimento de gratidão estampado no rosto. Há um mês, ela estava focada no curso técnico de aprendizagem e, hoje, acredita que uma das missões do grupo é inspirar as pessoas por meio da música. “O nosso desejo é fazer com que as pessoas tenham olhos para a música. É gratificante e emocionante ver eles interagindo conosco. A gente sente que o grupo está fazendo a diferença, por menor que seja o momento, é perceptível que a música chega e toca neles”, reforça a musicista.

Segundo o idealizador do projeto e diretor de Extensão e Cultura da Proex/UFT, Bruno Barreto, há o propósito de tornar a iniciativa permanente e normalizar esse tipo de ação nos hospitais. “Queremos que isso se torne frequente e que faça parte de outros hospitais do estado, não somente no Dia da Criança, Natal e em outras datas comemorativas”, conclui o diretor.

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