Projeto produz cartografia social de movimentos populares e comunidades tradicionais

A cartografia social é feita com participação das comunidades envolvidas (Foto: Divulgação / Proex)

O projeto de extensão “Observatório dos Movimentos Sociais e das Comunidades Tradicionais do Tocantins: Polo centro-Sul” vem desenvolvendo ações desde maio deste ano. O projeto é um dos contemplados no Edital de Auxílio Financeiro a Projetos de Extensão, que faz parte dos programas UFT Social: uma universidade sem muros" e "Trilhas Tocantinenses". O projeto visa produzir a cartografia social dos movimentos sociais e das comunidades tradicionais dos municípios de São Felix do Tocantins, Ponte Alta do Tocantins, Palmas, Monte do Carmo, Natividade, Gurupi, Porto Nacional e Almas.

A ação vem organizando os trabalhos de campo indo de encontro com os movimentos sociais historicamente organizados no Tocantins. Participaram de formações em Direitos Humanos, dos 50 Anos da ComSaúde, da 6ª edição da Marcha das Margaridas, que aconteceu em agosto em Brasília, do Congresso dos Pesquisadores Negros da Região Norte (Copene-Norte), e de um curso oferecido pela Defensoria Pública de Porto Nacional que tem discorrido sobre os direitos das mulheres.

O grupo que conta com uma equipe de alunos e alunas discute a questão da cartografia em seus projetos de extensão e iniciação científica permitindo uma melhor qualidade em mediar a proposta pedagógica horizontalizada, que respeite os saberes da comunidade. São feitas reuniões quinzenais, onde são definidas metas, é tratada a questão da densidade dos movimentos sociais e são elaboradas estratégias com o intuito de não só registrar os movimentos sociais, mas também conhecer a história e as lutas das comunidades.

O grupo tem crescido, além dos membros originais do Câmpus de Porto Nacional, com parceria de alunos e professores de outros Câmpus fazendo com que o projeto siga e se torne uma referência no estado. A professora e coordenadora do projeto, Fabiana Scoleso, destaca que: “Para os movimentos sociais e comunidades tradicionais não é só o registro das suas histórias, mas especialmente fruto das suas resistências, lutas, embates e das suas transformações ao longo do tempo e expressão também do novo contexto político e social”.

Recentemente o projeto da Professora Fabiana Scoleso foi apresentado pela aluna Alice Araujo Carvalho Panta, no VIII Seminário de Extensão, que aconteceu em Palmas nos dias 23 a 26 de setembro. A ação visa usar as tecnologias que tem à disposição para apresentar resultados parciais com infográficos, fotografias e podcast, de forma a inovar o registro e a apresentação dos dados.