Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Últimas Notícias > Estudantes se manifestam em defesa da educação pública nas cidades dos sete câmpus
Início do conteúdo da página
15M

Estudantes se manifestam em defesa da educação pública nas cidades dos sete câmpus

Por Daniel dos Santos | Publicado: Quinta, 16 de Mai de 2019, 15h37 | Última atualização em Quinta, 16 de Mai de 2019, 16h05

Nessa quarta-feira, 15 de maio, estudantes do país inteiro participaram de atos em defesa da educação. Os estudantes reivindicam que o bloqueio orçamentário determinado pelo governo federal seja revisto. No caso da Universidade Federal do Tocantins (UFT), o bloqueio representa 42% do orçamento para custeio, o que pode inviabilizar a continuidade das atividades da instituição em dois meses.

Por isso, houve passeatas dos estudantes, professores e técnico-administrativos da UFT nas sete cidades nas quais a instituição tem câmpus: Araguaína, Arraias, Gurupi, Miracema, Palmas, Porto Nacional e Tocantinópolis. Os manifestantes se juntaram a estudantes e trabalhadores da educação básica, além da participação de moradores simpatizantes da educação pública de qualidade.

Em Palmas, o reitor Luís Eduardo Bovolato participou do ato na Assembleia Legislativa, na qual foi convidado para discursar no plenário. “O bloqueio orçamentário nos preocupa não só pelo sonho daqueles que estão na universidade, mas também daqueles que têm o sonho de chegar ao Ensino Superior”.

 

Veja abaixo imagens e relatos de como foram os atos em cada câmpus.

Palmas

Na capital, o ato teve início na frente do Câmpus, com maior concentração de pessoas na Praça dos Girassóis, em frente à Assembleia Legislativa, na qual se reuniram estudantes e trabalhadores da UFT, Instituto Federal do Tocantins (IFTO) e escolas estaduais. Foram realizadas falas em defesa da educação, apresentação de pesquisas e manifestação através de cartazes.

Na sequência, os manifestantes seguiram em caminhada para a Avenida Juscelino Kubitschek, a principal via comercial da cidade, como demonstração de força e sensibilizando os demais trabalhadores de outros setores.

Araguaína

Os atos em Araguaína começaram pela manhã e se estenderam até a noite. Pela manhã, ocorreu um debate acerca dos cortes na educação. O debate teve como objetivo discutir com a comunidade acadêmica e comunidade externa como esses cortes afetam o funcionamento da UFT.

Durante a tarde, ocorreu a “Feira de Ciências e Tecnologias: UFT e IFTO nas praças”. Os alunos e professores da UFT, juntamente com o IFTO, foram para a Praça das Bandeiras fazer exposição dos projetos de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas em Araguaína. Nesse ato as pesquisas foram apresentadas à comunidade de Araguaína. Após a feira, houve caminhada pelo centro da cidade para expor os impactos que as instituições federais de educação (UFT e IFTO) vêm sofrendo.

O acadêmico João Vitor Ferreira, destaca o orgulho e, defender a sua universidade. “No dia em que a UFT completa 16 anos, mostramos a comunidade tocantinense que a UFT existe e resiste. Ficamos contentes e receber apoio da população e agradecemos aqueles que somaram à nossa luta. É importante que nesse momento a comunidade acadêmica e comunidade externa estejam juntas em busca de melhorias na educação”.

Arraias

No extremo sul do Tocantins, em Arraias, o ato em defesa da educação teve início com café da manhã no câmpus e seguiu com a marcha pelos principais pontos da cidade, com músicas e conversa com as pessoas sobre a importância da educação para o país e do impacto da UFT na região de Arraias. A manifestação pacífica se encerrou com almoço feito por pessoas da comunidade e através de doações.

Pela tarde, a UFT recebeu toda a comunidade interna e externa para uma série de oficinas. Foram oferecidas oficinas de microscopia, de jogos da matemática, cubo mágico, de libras (língua brasileira de sinais), oficina colaborativa do projeto Banana-Terra – “O feminismo em contexto de vulnerabilidade social” e de feminismo filosófico.

A professora do curso de Direito, Nayara Galietta, acredita que com as atividades, o Câmpus conseguiu expor para a sociedade toda a importância do ensino, da pesquisa e da extensão para a cidade e para a região. “São 74 projetos de pesquisa já finalizados e 35 ainda em desenvolvimento, totalizando 109 projetos somente no campus de Arraias”.

Pela noite, houve aula pública para toda a comunidade na Praça da Igreja Matriz, em que foi exposto o impacto do contingenciamento de recursos para a continuidade da universidade e para os estudantes, e também debatida a importância da universidade pública, gratuita e de qualidade tem para a região e para o desenvolvimento do país.

Gurupi

Em Gurupi, o ato teve concentração inicial próximo à UFT e ao IFTO e seguiu pela cidade até a Avenida Goiás, principal via comercial da cidade, como explica a estudante Luiza Santiago. “Todos os estudantes se mostravam muito determinados com muitos cartazes e faixas. Foi um belo ato, e tenho certeza que impactou muito a cidade de Gurupi. Pois a população se mostrou receptiva e o ato reuniu representantes não só da UFT e do IFTO, como também dos demais colégios públicos da cidade”.

Miracema

Em Miracema, o ato ocorreu com passeata durante a manhã e com programação à tarde e noite. Nas ruas e dentro do Câmpus, foram realizadas atividades como pinturas, oficinas, palestras, apresentações culturais e apresentações científicas de trabalhos produzidos pelos estudantes.

Porto Nacional

Em Porto Nacional, o ato ocorreu por meio de articulação conjunta entre as comunidades da UFT e do IFTO, além de trabalhadores da educação estadual, e seguiram até a principal praça da cidade. Na Praça do Centenário, foi realizada a Feira de Ciências na qual os estudantes da UFT e IFTO apresentaram suas pesquisas para a comunidade de Porto Nacional.

Tocantinópolis

Foi uma mescla de pessoas da UFT com professores da Educação Básica. Saiu do Câmpus até a parte central da cidade para dialogar com a população, através de falas nos microfones e cartazes em defesa da educação. Pela tarde, houve atividades artísticas do curso de Educação do Campo dentro do próprio Câmpus com a participação de muita gente interessada em música, poesia e teatro.

Pela noite, o ato foi realizado na Praça da Bíblia, uma das principais e mais movimentada da cidade, para reforçar a valorização da educação, como explica a estudante Mayara Ferreira. “Foi um dia muito bonito de união, força e resistência em Tocantinópolis para que a nossa Universidade não seja asfixiada. A gente sabe o quanto a Universidade é importante para a cidade”.

*Colaboraram para esta matéria João Victor Ferreira, Lizi Cruz, Luiza Santiago, Mayara Ferreira, Nayara Galietta, Rodrigo Mamédio e Wedster Martins.

registrado em:
marcador(es): Home
Fim do conteúdo da página