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Oficina de Criatividade Sonora incentiva potencial artístico no Câmpus de Palmas

Por Gihane Scaravonatti | Publicado: Segunda, 17 de Dezembro de 2018, 15h16 | Última atualização em Terça, 18 de Dezembro de 2018, 10h26

Fabrício Ferreira (d) com Heitor Oliveira, em momento de criação sonora na Oficina: tudo vira som! (Foto: Bruna Santos)Fabrício Ferreira (d) com Heitor Oliveira, em momento de criação sonora na Oficina: tudo vira som! (Foto: Bruna Santos)A Oficina de Criatividade Sonora é um projeto de extensão que ocorre semanalmente no Câmpus de Palmas. As ações são desenvolvidas às sextas-feiras, das 14h30 às 17h30, na sala 07 do Bloco B. A participação é gratuita e aberta a toda a comunidade técnica e acadêmica da UFT e, ainda, ao público externo. Os participantes recebem certificado com a carga horária cumprida. Informações podem ser obtidas com o coordenador do projeto, Heitor Oliveira, pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Proposta

A Oficina de Criatividade Sonora busca auxiliar no desenvolvimento de propostas artísticas que requeiram a utilização de elementos criativos sonoros e musicais – como a sonoplastia, a composição, o cancionismo e a improvisação.

Idealizada por Heitor Oliveira, professor vinculado ao Curso de Licenciatura em Teatro, o projeto oficializou-se em setembro de 2018; no entanto, é resultado do trabalho de criação musical e cênica que Oliveira desenvolve na UFT desde 2010 - ano em que ingressou como professor na Instituição. 

Entre os objetivos do projeto, quer-se estimular a participação cultural na Universidade, experimentarem-se possibilidades criativas - de criação e recriação -, provocar o potencial artístico dos participantes e trabalhar demandas sonoras e musicais concretas.

“Caso o interessado não possua um projeto em mente, é possível participar como ouvinte. Por outro lado, é importante ressaltar que o foco não são ‘produtos prontos’, mas propostas que possamos desenvolver conjuntamente, com um olhar crítico, dentro das ações da Oficina”, destaca Heitor.

Como participar

Para participar das atividades, o interessado deve contatar Oliveira por e-mail (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.), apresentando, se for o caso, a proposta artístico-sonora que gostaria de desenvolver.

A Oficina de Criatividade Sonora ocorre uma vez por semana (sexta-feira, das 14h30 às 17h30), na sala 7 do Bloco B, e não é necessário possuir experiência ou conhecimentos musicais prévios.

“Trata-se de um exercício de exploração criativa, de laboratório, em que, à medida que tomo contato com o participante, faremos, juntos, uma leitura das possibilidades de trabalho, em formatos e linguagens diferentes”, esclarece o coordenador do projeto.

Sobre quem participa

Embora a Oficina seja de idealização recente, Heitor Oliveira acredita na diversificação do público, uma vez que as possibilidades de criação extrapolariam o interesse de pessoas das Artes, alcançando-se, também, outras áreas de trabalho e estudo.

“Há interfaces perfeitamente possíveis: Comunicação e Ciência da Computação – com suas demandas de criatividade sonora, audiovisuais, de trilhas - são exemplos de áreas que poderiam encontrar espaço na Oficina”, afirma Heitor.

Por ora, participantes ligados a áreas artísticas estão entre os primeiros inscritos nas atividades ofertadas pelo projeto.

Fabrício Ferreira, 21 anos, é formando de Teatro. Seu primeiro contato com o trabalho de criatividade sonora de Oliveira foi em 2017, quando Fabrício ingressou no coletivo artístico Agulha Cenas – em que o professor é um dos idealizadores. “O contato veio naturalmente. Eu já estudava música, instrumentos. No Agulha, temos uma Residência Artística e, na elaboração de materiais sonoros para as composições cênicas, busquei a contribuição do professor para desenvolvê-los”, conta o aluno.

O ambiente da Oficina é leve, descontraído, preservando-se, no entanto, a energia, disposição e concentração que requer uma atividade de criação artística.  Durante uma gravação, Fabrício foi surpreendido pelo professor Heitor que, entregando-lhe um saco plástico, solicitou que o participante produzisse um ritmo a partir do material. "Aqui, tudo 'vira' som!", revela o professor. "Quero ver o que eles são capazes de produzir, coisas que eu nunca pensei em fazer. De onde viriam essas ideias?". 

Outro participante, Gerlandio Pereira de Morais, 20, está no segundo período de Teatro. Tomou conhecimento sobre o trabalho de Heitor Oliveira assim que entrou no curso, enquanto assistia a uma palestra na UFT. Algum tempo depois, contatou o professor. "Nunca havia estudado música, mas tinha interesse pelo canto, queria trabalhar com algo relacionado", relata o estudante.

"Eu digo que Gerlandio 'caiu de paraquedas' na Oficina”, brinca Oliveira, prosseguindo: “Logo nas primeiras conversas, percebi o interesse dele pela expressão vocal, a relação intuitiva que já possuía com o canto. Havia conhecimento anterior sobre referências vocais e instrumentais, experimentos de reverberação acústica de sua voz em ambientes diversos".Gerlandio Pereira de Morais (d) com Heitor Oliveira, em momento de criação sonora na Oficina (Foto: Bruna Santos)Gerlandio Pereira de Morais (d) com Heitor Oliveira, em momento de criação sonora na Oficina (Foto: Bruna Santos)

Num primeiro exercício, Gerlandio gravou, utilizando “camadas” de sua própria voz, uma releitura para a ária O mio babbino caro - da ópera Gianni Schicchi*-, uma das mais famosas composições do italiano Giacomo Puccini, imortalizada na voz de Maria Callas e também na de Montserrat Caballé.

Ouça a releitura de Gerlandio:

*Única ópera cômica de Puccini, estreada em 1918 em Nova York, possui apenas um ato e foi baseada no Canto XXX do Inferno, de A Divina Comédia (Dante Alighieri). 

Sobre o idealizador da Oficina

Heitor Martins Oliveira possui bacharelado em Música/Regência e licenciatura em Educação Artística pela Universidade de Brasília, mestrado em Música/Composição pela Texas State University e doutorado em Música/Composição pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Na UFT, é professor do Curso de Teatro, onde vem estimulando a constituição de espaços de participação cultural e de criação sonora e musical. Também mantém atividade constante como compositor de música para sala de concerto, artes cênicas e produção audiovisual.

É um dos fundadores do Agulha Cenas – coletivo de criação cênica que realiza espetáculos autorais para teatros e espaços adaptados -, sendo responsável pela composição e direção musical, além de contribuir na concepção dos espetáculos.

Conheça mais

Em Teatro de Instrumentos, Heitor Oliveira registra e arquiva atividades e projetos musicais que desenvolve, incluindo, recentemente, os relacionados à Oficina de Criatividade Sonora. No blog, há uma série de reflexões, textos acadêmicos, partilha de vídeos, partituras e fonogramas desenvolvidos pelo músico e professor.

Oficina de Criatividade Sonora

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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