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inovação

Empresa especialista em proteção de patentes internacionais assina contrato com a UFT

Por Daniel dos Santos | Publicado: Quinta, 29 de Novembro de 2018, 14h21 | Última atualização em Sexta, 30 de Novembro de 2018, 08h33

Em 2017, a Universidade Federal do Tocantins (UFT) depositou seu primeiro pedido de patente internacional pelo Tratado de Cooperação de Patentes (PCT), em parceria com o Instituto Federal do Tocantins (IFTO). Na última sexta-feira (23), a trajetória da tecnologia iniciou uma nova etapa. Houve a assinatura do contrato com a empresa  Clarke, Modet & Co, especialista em proteção da patente nos países.

A coordenadora do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) da UFT, Claudia Auler, explica que os trâmites das patentes nacionais são feitas pelo próprio setor junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), mas que no caso das patentes internacionais, a legislação exige a contratação de um escritório para ser correspondente da instituição nos outros países. A função da empresa é efetuar e manter a proteção. “É um processo de contratação inédito na UFT. Para o NIT tem sido um longo caminho e que tem servido de muito aprendizado”.

Motivação do pesquisador

O pesquisador Éber Souza, autor da dissertação de mestrado que gerou a tecnologia em processo de patenteamento, afirma que se sente muito motivado ao subir um degrau na carreira acadêmica e de  também participar do desenvolvimento da instituição. “Mesmo distante de grandes centros, podemos contribuir de formas relevantes não só com o Estado e o país, mas também com o mundo todo”.

Souza acrescenta que espera que o acontecimento sirva de estímulo ao desenvolvimento de novas tecnologias pelos professores e estudantes da instituição. “Não só podemos, como temos a responsabilidade de devolver à sociedade a nossa conquista”, conclui.

A tecnologia

A criação de Éber, sob a orientação do professor Sérgio Ascêncio, docente nos programas de pós-graduação em Agroenergia e Rede Bionorte da UFT, e co-orientação do professor Adão Montel, docente na UFT, é classificada como patente verde, que são tecnologias em busca de solucionar demandas ambientais.

A tecnologia é a quitosana produzida através da casca de insetos e pequenos crustáceos, especialmente o camarão. O produto desta invenção pode ser utilizado na indústria de biocombustíveis e demais procedimentos ou fórmulas envolvendo o uso do etanol. A inovação vai ao encontro do interesse mundial pela diversificação de matrizes energéticas.

Por conta deste potencial internacional é que houve o interesse em registrá-la em um sistema de patentes que engloba diversos países, como explica o co-orientador Sérgio Ascêncio. “Em um país como o Japão, o potencial de uso desse biocombustível é enorme. Porque eles não têm as mesmas condições climáticas e de solo que o Brasil tem para produção de cana de açúcar. E por outro lado já possuem uma grande produção de pescados estabelecida. Com isso, o que hoje é descartado na produção de camarão, por exemplo, pode ser reaproveitado para produção de biocombustível”.

Para efeito de comparação, a produção de álcool com uma tonelada de cana de açúcar é de 80 litros, enquanto que uma tonelada de quitosana resulta em cerca de 250 litros de álcool.

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