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Extensão

Projeto do Câmpus de Araguaína estimula a utilização da Libras no contexto Universitário

Publicado: Quinta, 23 de Novembro de 2017, 17h00 | Última atualização em Quinta, 23 de Novembro de 2017, 17h00

Proporcionar um espaço de interação entre falantes e surdos por meio das Libras, reforçar a cultura surda no Câmpus, estimular a utilização no contexto universitário e fomentar o aperfeiçoamento dos servidores que atuam com esse público foram os principais objetivos das duas turmas do Projeto de extensão Mãos Livres: Conversação em Libras, vinculado ao  curso de Tecnologia em Logística, do câmpus da Universidade Federal do Tocantins (UFT), em Araguaína, que teve encerramento na última quarta-feira (22).

Encerramento da Segunda turma na última quarta-feira Foto DivulgaçãoEncerramento da Segunda turma na última quarta-feira Foto Divulgação

Inclusão nas instituições de ensino

O projeto “Mãos Livres” surgiu após a estudante surda do curso de Logística, Mayanne Gomes, relatar à coordenação do curso sobre a dificuldade dos alunos surdos em se integrarem ao ambiente acadêmico. De acordo com o coordenador do projeto, o servidor técnico-administrativo Álvaro José, a iniciativa também procura atender à legislação nacional que orienta a realização de políticas de inclusão nas instituições de ensino. " Os cursos promovem, acima de tudo, o reconhecimento da Libras como segunda língua oficial do Brasil e da cultura surda como patrimônio de um grupo de pessoas que possui uma condição física (a surdez) diferente da maioria dos brasileiros. Obviamente, não há nenhum juízo de valor nessa diferenciação, apenas ratificamos a importância de se cultivar a heterogeneidade do nosso povo, formado por sotaques, religiões, cores, posicionamentos político-ideológicos, e línguas diferentes, como no caso do português brasileiro e da Libras. Acreditamos na integração dos vários públicos que formam o universo acadêmico interno e externo nesse tipo de ação", explica.

Para ele uma ação como esta pode colaborar para o processo de ensino e aprendizagem e favorecer a comunicação com os surdos em todos os setores da sociedade. "Embora o projeto tenha sido rápido para proporcionar a aquisição linguística, acreditamos que os participantes puderam vivenciar uma outra perspectiva de apreensão do mundo, através de outros signos linguísticos que não a palavra. Isso tem um impacto positivo no processo de ensino e aprendizagem, visto que expande os horizontes conceituais dos participantes e possibilita a integração acadêmica entre surdos, ouvintes e servidores", ressalta o coordenador.

Projeto

O projeto iniciado no ano de 2017 contou com duas turmas. A primeira, com 25 inscritos ocorreu entre os meses de abril e maio e foi ministrada pela aluna Mayanne (idealizadora do projeto). A segunda, contou com 30 alunos e foi ministrada pela intérprete Ester Fernandes entre os meses junho até novembro. Os encontros aconteceram todas as quartas-feiras, das 08h30 às 10h30.

Primeiro turma entre maio e abril de 2017 Foto DivulgaçãoPrimeiro turma entre maio e abril de 2017 Foto Divulgação

Para a organização a expectativa é que o o "Mãos Livres" possa continuar em 2018, dessa vez, como uma ação permanente dentro do Câmpus. "No momento em que a experiência torna-se exitosa, a vontade que dá é realizá-la de novo. Com isso, abrimos a possibilidade de maior participação da comunidade externa. Esse fenômeno, certamente, será positivo para o reconhecimento da cultura surda também fora da Universidade", conclui o coordenador.

 
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