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Aula de campo

Mestrandos da UFT fazem visita técnica a duas cidades turísticas do Tocantins

Por Heloísa Cipriano | Supervisão: Samuel Lima | Publicado: Quinta, 21 de Setembro de 2017, 14h34 | Última atualização em Quinta, 21 de Setembro de 2017, 14h34

Mestrandos de Geografia e professora Rosane nas ruínas da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, em Natividade (Foto: César Camargo)Mestrandos de Geografia nas ruínas da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, em Natividade (Foto: César Camargo)Na última terça-feira (19), estudantes e professores da disciplina Patrimônio Cultural e Turismo, do curso de Mestrado em Geografia (PPGG) da UFT em Porto Nacional, participaram de uma aula de campo nas cidades de Natividade e Chapada de Natividade.

A aula teve como objetivo conhecer os diferentes patrimônios culturais dos municípios e suas respectivas importâncias para o desenvolvimento de um turismo de base local. Segundo a professora Rosane Balsan, docente da disciplina Patrimônio Cultural e Turismo e organizadora da viagem, a discussão relacionou o tema sobre patrimônio cultural e população local na reflexão da atividade turística, aliando o poder de utilização de bens patrimoniais e buscando compreender como estes se relacionam. "Procurei mostrar em um lócus até que ponto a cultura local interfere no processo de desenvolvimento, ou seja, qual a significação do cultural para o turismo. Assim, pude mostrar que a cultura pode ser vista como um processo de desenvolvimento local", destacou a professora.

Para a visitação, foram selecionados textos, referências bibliográficas e documentos dos quais os mestrandos aprofundaram os conhecimentos acerca da história das cidades e dos locais visitados tombados a nível municipal, como a Igreja de São Benedito, a Igreja de Nossa Senhora da Natividade, as ruínas da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, as Praças da Bandeira e Leopoldo de Bulhões, o cemitério antigo e o Museu Municipal.

Além dos locais históricos, foram visitados também importantes pontos que trazem visibilidade à cidade, como a ourivesaria Mestre Juvenal; a biscoitaria Amor Perfeito, de tia Naninha; e o sítio Jacuba, de dona Romana; todos localizados em Natividade. Na Chapada de Natividade, a visita foi na Igreja de Nossa Senhora de Santana.

Durante o acontecimento, foram feitas abordagens orais, com explanações sobre a história das igrejas e análise arquitetônica e patrimonial. A visita contou com a participação da arquiteta Sátyla Cerqueira representando o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que prestou esclarecimentos arquitetônicos e urbanísticos do local tombado.

Em Chapada da Natividade, estudantes e professores obtiveram a participação e apoio da Associação dos moradores da Chapada. A professora Rosane acredita que o tombamento favorece a conservação e a preservação dos lugares, atraindo pesquisadores, visitantes e turistas e fortalecendo a economia local. Por fim, adentraram num casarão colonial, que segundo Odilene Lacerda, vice-prefeita de Chapada de Natividade e dona do casarão, tem mais de duzentos anos de idade, guardando muitos vestígios passados e objetos seculares, como telhas e chaves.

Passaram também no antigo arraial minerador, hoje cidade de Chapada de Natividade. O local foi fundado por volta de 1740 nas margens do córrego da praia. Rapidamente entrou em declínio, e hoje há duas igrejas coloniais em ruínas.

 

Saiba mais

Fundada pelo bandeirante Antônio Ferraz de Araújo, que participou das descobertas dos primeiros veios auríferos de Goiás, a cidade de Natividade foi descoberta em 1734. Nascida com a exploração do ouro, inicialmente era conhecida como Arraial de São Luís, uma homenagem ao então governador de São Paulo, D. Luís De Mascarenhas, que em 1740 foi pessoalmente às ricas minas recém-descobertas.

Quando a exaustão das minas chegou, Natividade foi uma das poucas áreas que conseguiu subsistir à crise e manter o mínimo de vida social possível, utilizando-se como saída o investimento nas economias complementares como roças e, principalmente, na pecuária.

No século XIX, despontou mais uma vez, sendo escolhida para sede do governo do Norte, quando a Capitania goiana fora administrativamente dividida, entre 1809 e 1815. Já em 1822, foi eleita capital do governo provisório. No ano de 1987, foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), como patrimônio histórico nacional.

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