Prêmio Hilton Japiassú destaca pesquisadores da UFT
Na manhã desta quarta-feira (25), antes da 86ª reunião ordinária do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade Federal do Tocantins (Consepe/UFT), ocorreu a entrega do Prêmio Hilton Japiassú de Excelência em Pesquisa. Receberam o Prêmio, na categoria Jovem Pesquisador e Pesquisador Sênior, respectivamente, a professora Cynthia Mara Miranda, do Câmpus de Palmas; e o professor Gil Rodrigues dos Santos, do Câmpus de Gurupi.
A apresentação do Prêmio foi feita pelo coordenador do Curso de Psicologia do Câmpus de Miracema, professor Adriano Machado Oliveira, que foi um dos idealizadores do Prêmio quando esteve à frente da Diretoria de Pesquisa na Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (Propesq). A entrega do Prêmio na categoria Jovem Pesquisador foi feita pelo pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, professor Waldecy Rodrigues.
A professora Cynthia Mara, agraciada nesta categoria, frisou a importância do Prêmio e o aumento da responsabilidade a partir dele. "Foi com surpresa que recebi a indicação para este prêmio, e com ele aumenta ainda mais a responsabilidade na área da pesquisa. Acredito que o pesquisador também tem um papel político a ser exercido por meio de sua pesquisa", pontuou a professora, que tem estudos nas áreas de gênero, do movimento feminista, de políticas públicas para as mulheres e para a juventude e também sobre o protagonismo feminino. Recentemente lançou um documentário sobre o papel das mulheres no desenvolvimento regional e que abrangeu municípios no Tocantins e no Amazonas.
O pró-reitor Rodrigues frisou que o Prêmio será de periodicidade bianual e a escolha é feita pelos próprios pares, "com a participação do professor que dá nome ao Prêmio, professor Hilton Japiassú", complementou. Japiassú é professor aposentado da Universidade Federal do Rio de Janeiro, mas que passou parte da infância e adolescência em Porto Nacional (TO). Hoje é considerado como um dos nomes mais importantes na área de epistemologia das Ciências Humanas no Brasil.
A premiação, segundo o pró-reitor Rodrigues, reconhece e distingue pesquisadores que tenham se destacado na UFT nas categorias Jovem Pesquisador (para professores doutores com menos de cinco anos de titulação) e Pesquisador Sênior (professor doutor com mais de cinco anos de titulação).
Sênior - O professor Santos, vencedor na categoria Pesquisador Sênior, destacou que o Prêmio é importante pela sua dimensão regional, "e também pelo destaque dado pelos próprios pares; o reconhecimento da própria instituição e de seus professores é importante", ponderou. Em sua fala de agradecimento após receber o prêmio, o pesquisador destacou colegas que também desenvolvem trabalhos de destaque, não apenas no Câmpus de Gurupi, mas em toda a UFT.
Santos desenvolve pesquisas nas áreas de Produção Sustentável de Plantas, Epidemiologia e Manejo Integrado de Doenças do arroz irrigado, melancia e melão. É professor no Câmpus de Gurupi, atuando nos programas de Pós-graduação em Produção Vegetal, Ciências Florestais e Ambientais e Agroenergia. Desde outubro de 2009 é bolsista em produtividade do CNPq.
O reitor Márcio Silveira fez a entrega da premiação ao vencedor na categoria Pesquisador Sênior, e destacou a relevância do reconhecimento dos pesquisadores pela Universidade. "A UFT sente-se bem em reconhecer o trabalho desses pesquisadores. Foi feito com base no mérito e com bastante critério, e é um prêmio merecido".
Silveira destaca ainda que a premiação reveste-se de maior importância se for levar em conta a assimetria em relação aos investimentos entre as regiões Sudeste e Norte, por exemplo. "Não que se vá tirar os investimentos na região Sudeste, mas o pesquisador daqui produz, em média, muito mais que o pesquisador da região Sudeste, por conta do esforço demandado devido ao recurso menor, e também porque está em uma instituição em processo de consolidação", ressalta. O reitor enfatizou o crescimento no investimento em pesquisa no País (que saltou de 0,3% do PIB para pouco mais de 1% no final de 2014), mas que ainda está muito aquém na comparação, por exemplo, com os Estados Unidos, que investe cerca de 3,5% do PIB em pesquisa científica. "Há muito ainda por avançar", conclui.
Perfis
Gil Rodrigues dos Santos - Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal da Paraíba (1991), mestrado em Fitopatologia pela Universidade Federal de Viçosa (1993) e doutorado em Fitopatologia pela Universidade de Brasília (2005). Atualmente é professor Associado da Universidade Federal do Tocantins. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Fitopatologia, atuando principalmente nos seguintes temas: Produção Sustentável de Plantas, Epidemiologia e Manejo Integrado de Doenças do arroz irrigado, melancia e melão. Recebeu pela Capes, "Menção Honrosa" no concurso nacional "Prêmio Capes de Teses", no ano de 2006, com o trabalho de sua tese de doutorado "Biologia, Epidemiologia e Manejo do Crestamento Gomoso do Caule da Melancia, causado por Didymella bryoniae". No período de junho de 2006 a julho de 2014 coordenou o Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal da UFT, iniciando com o curso de mestrado, conceito 4 e posteriormente aprovando junto à CAPES, o doutorado em Produção Vegetal. É professor permanente dos programas de Pós-graduação em Produção Vegetal, Ciências Florestais e Ambientais e Agroenergia. É membro do Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão e da Câmara de Pesquisa e Pós graduação da UFT, desde 2006. É bolsista em produtividade do CNPq, desde outubro de 2009 até a presente data.
Cynthia Mara Miranda - Possui graduação em Comunicação Social pela Universidade Federal do Tocantins (2004), mestrado em Ciências Sociais pela Universidade de Brasília (2007) e doutorado em Ciências Sociais pela Universidade de Brasília (2012). Atualmente é professora adjunta da Universidade Federal do Tocantins no curso de Comunicação Social e no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional. Integra desde 2013 o Comitê Científico da UFT e o Comitê Interno do PIBIC. Pesquisadora do Núcleo de Estudos das Diferença de Gênero da UFT, tem experiência nas seguintes áreas de estudo: mídia e política, movimentos sociais, estudos de gênero, desenvolvimento regional na perspectiva de gênero, políticas públicas de igualdade e políticas públicas de juventude.
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