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Alunos de ensino médio comparecem no encerramento da exposição sobre quilombolas

Por Caio Capela | Publicado: Sexta, 22 de Março de 2013, 11h00 | Última atualização em Quarta, 14 de Dezembro de 2016, 10h32
A exposição fotográfica "Populações Tradicionais do Tocantins: Cultura e Saberes de Comunidades Quilombolas" iniciada do dia 12 deste mês (veja aqui ) teve seu encerramento na manhã desta sexta-feira (22), no Bloco IV (Reitoria).

Na circunstância, 120 alunos do Colégio Estadual Dom Alano Marie Du Naday visitaram a exposição sob a orientação do professor de História, José Gonçalo, que também é professor da UFT. A exposição faz parte de um projeto que consiste na compreensão dos saberes e práticas que orientam os modos e estratégias de reprodução da vida social (simbólica e material) dos quilombos. 

O professor enfatizou que há uma grande discussão sobre cotas para negros nas escolas estaduais e que essa exposição é uma oportunidade para os alunos conhecerem e serem críticos sobre as questões dos quilombolas, já que “muitas pessoas não têm conhecimento sobre os direitos dessa comunidade”. Ele destacou ainda que durante muito tempo os quilombolas foram esquecidos e eram invisíveis de acordo com sua pesquisa. "Esse trabalho que estamos fazendo é para dar visibilidade à essas comunidades. Não é só pesquisar. Se a sociedade não conhecer, se ninguém divulgar, os quilombolas vão continuar sendo invisíveis".

Foto: Caio Capela
Estudante observa quadros da exposição quilombola no Corredor Cultural

Para a diretora do colégio, Patrícia de Oliveira, é importante a conexão entre os alunos e o ambiente universitário. "Esse projeto fez a ponte entre a escola e a universidade. Muitos alunos que estão no 3º ano do Ensino Médio já ouviram sobre a UFT, mas não tinham contato ainda com esse meio acadêmico. Como eles estão quase no vestibular, isso é muito importante. Sem contar, que os alunos só ouvem falar sobre os quilombolas, mas não têm conhecimento de fato do que é. A exposição contribuiu muito".

Palestra - Na solenidade de encerramento também foi feito um seminário "Construindo Saberes", no qual explanou-se sobre a cultura, as festas populares, as comidas típicas e a simplicidade das populações quilombolas do Estado. A coordenadora do projeto, Karilleyla Andrade, explicou que a exposição foi o resultado da primeira etapa do projeto, que tem como objetivo macro o reconhecimento dessas comunidades. São dez no total. 

“No segundo momento queremos trabalhar o mapeamento dessas comunidades. Saber os modos, os saberes, os prazeres, tradições, o modo de viver. No final, todo o material não vai ficar com a gente, será retornado para essas comunidades”, garante Andrade.

Foto: Caio Capela
Alunos do Colégio Dom Alano durante o seminário no auditório do Bloco III

Comunidades - As dez comunidades remanescentes de quilombolas que estão no projeto são: Morro de São João, em Santa Rosa do Tocantins; Mimoso e Kalunga, Lagoa da Pedra, em Arraias; Malhadinha e Córrego Fundo, em Brejinho de Nazaré; Redenção, em Natividade e;  Mumbuca, Formiga, Carrapato e Ambrósio, em Mateiros.
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