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CIÊNCIA EM AÇÃO!

UFT confecciona protetores faciais para profissionais da saúde pública de Palmas

Escrito por Cynthia Barreto | Edição: Samuel Lima | Revisão: Paulo Aires | Publicado: Martes, 31 Marzo 2020 17:19 | Última actualización: Miércoles, 01 Abril 2020 17:08

Impressão de EPIs em laboratório da UFT no Câmpus de Palmas (Foto: Kleber Abreu/Sucom)Impressão de EPIs em laboratório da UFT no Câmpus de Palmas (Foto: Kleber Abreu/Sucom)

Protetores serão entregues a profissionais que estão na linha de frente no combate à Covid-19  e que sofrem com a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)

Para ajudar os profissionais do sistema público de saúde de Palmas a se proteger no Covid-19 (novo Coronavírus) a Universidade Federal do Tocantins (UFT) está produzindo desde o último dia 25 de março, Protetores Faciais em Impressão 3D, por meio do Projeto Higia.  A confecção está sendo feita no Laboratório Audiovisual do Curso de Arquitetura e Urbanismo pelos professores e pesquisadores Patrícia Orfila e Warley Gramacho e o acadêmico de engenharia elétrica Nilson Flávio Gomes Coelho.

No momento a produção é feita com duas Impressora 3D, uma do Laboratório Audiovisual do Curso de Arquitetura e Urbanismo e a outra cedida pelo estudante da Engenharia Elétrica Nilson Flávio Gomes Coelho. O arquivo usado para produzir a peça é aberto e está disponível para download na internet.

Gramacho (e), Patrícia (ao fundo) e Coelho (d) trabalham na produção das peças (Foto: Kleber Abreu/Sucom)Gramacho (e), Patrícia (ao fundo) e Coelho (d) trabalham na produção das peças (Foto: Kleber Abreu/Sucom)A impressora 3D é capaz de produzir a haste de suporte a folha de acetato, que fica na frente como proteção. O acetato usado foi obtido por doação da comunidade externa à UFT. No momento a expectativa é produzir aproximadamente cinco mil máscaras. Para que isso seja possível, a UFT fez uma parceria com o Ministério Público do Trabalho em Araguaína, representado pela procuradora Cecília Amália Cunha Santos, para disponibilização de verba e aquisição imediata de novas impressoras bem como matéria prima para impressão e produção. Além disso, mais recursos estão em fase de aquisição através do Comitê Extraordinário Covid-19 da UFT.

A interlocução com o MPT de Araguaína foi realizada pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos de Cultura e Território (PPGCult) por meio do Núcleo de Pesquisa e Extensão em Saberes e Práticas Agroecológicas (Neuza), que já mantinha diálogo com o MPT por meio do projeto Ubuntu. A articulação foi encabeçada pela professora Kênia Gonçalves Costa (coordenadora do PPGCult e pesquisadora do Neuza) a partir do contato com a pró-reitora de Extensão, Cultura e Assuntos Comunitários, professora Maria Santana Milhomem, que também é do docente do PPGCult.

De acordo com o professor Warley Gramacho, o grupo que está trabalhando com esse projeto está à disposição para dialogar com voluntários que tenham impressoras 3D e queiram emprestá-las para a produção desses protetores. “Pedimos à comunidade acadêmica e externa que se tiverem o equipamento e a disponibilidade que, por favor, nos procurem para que possamos dar velocidade à produção”, informa. Atualmente já foram produzidas e distribuídas algumas mascaras para a equipe de saúde do Hospital Geral de Palmas.

Para a pesquisadora Patrícia Orfila, tudo o que a Universidade Pública puder fazer no sentido de contribuir para a prevenção ou no combate ao Coronavírus é de imensa importância, tendo em vista se tratar de uma situação de Pandemia, segundo a Organização Mundial de Saúde. “Tanto recursos humanos como equipamentos e espaços da Universidade, podem e devem ser utilizados em benefício da sociedade. A situação emergencial exige conhecimento técnico aplicado, criatividade, decisões rápidas e desburocratizadas, para fazer melhor uso dos recursos em curto espaço de tempo. O uso de impressoras 3D para a produção de EPIs tem se mostrado uma ação assertiva de pesquisadores, estudantes e voluntários em várias partes do Brasil, demonstrando a relevância da ciência  e a função social da Universidade”, destaca.

Voluntariado/contribuição

O estudante Coelho que se voluntariou para ajudar na confecção destes protetores faciais diz que a ideia é “ajudar, mas precisaria de mais ajuda”, se referindo à necessidade de mais impressoras 3D e doações de mais suprimentos. Segundo o acadêmico, “quando passar toda essa situação, acho que meu sentimento vai ser de alívio, por saber que ajudei pessoas de todas as classes sociais”.

Os interessados em contribuir com a produção das máscaras, seja por meio do empréstimo de uma impressora 3D ou por meio de doação da matéria prima, acetato, usada na confecção, basta acessar este link e descobrir em qual das opções o voluntário de encaixa.

 

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