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ARAGUAÍNA

1ª Semana das Culturas Afro-Brasileiras começa nesta quarta-feira

Publicado: Martes, 11 Abril 2017 17:08 | Última actualización: Martes, 11 Abril 2017 17:53

Com o objetivo de apresentar o projeto de extensão “Capoeira para tod@s” ao público e debater o estudo das culturas afro-brasileiras tendo como base os capoeiristas, ocorre nesta quarta e quinta-feiras (12 e 13 de abril) a 1ª Semana das Culturas Afro-Brasileiras. Dentro do evento acontece também o 16º Encontro Anual Casa da Capoeira Saberes Populares. O evento acontece no Auditório II da Unidade Cimba, e é promovido pelos organizadores do projeto de extensão, em parceria com o curso de Geografia, o Centro Acadêmico de Geografia Dina do Araguaia (Cageoda), o Centro Cultural Casa de Capoeira (CCCC), a Escola de Capoeira Brasil - Bélgica (ECBB) e a Diretoria de Desenvolvimento Humano (DDH).

Grupo de capoeira do Câmpus de Araguaina (Foto: Divulgação)Grupo de capoeira do Câmpus de Araguaina (Foto: Divulgação)

O evento conta com 100 vagas para discentes, docentes e técnicos administrativos da UFT, grupos comunitários, movimentos sociais, e a comunidade em geral. As inscrições podem ser feitas na hora do evento, com uma taxa de simbólica de R$ 10,00 para estudantes e R$ 20,00 para outros participantes. A quantia arrecadada será destinada ao capoeirista Mestre Anzol, para o pagamento do transporte e conservação dos instrumentos musicais, tendo em vista que ele oferece rodas de capoeira gratuitamente às terças e quintas, como parte do projeto de extensão.

De acordo com a professora Fátima Maria de Lima, coordenadora do projeto “Capoeira para tod@s", o evento é importante por levantar a discussão da abordagem das culturas afro-brasileiras no ensino, pesquisa e extensão na Universidade. "Além disso, o evento tem o intuito de divulgar também o Sistema de Informação e Gestão de Projetos (Sigproj) e construir diálogos e avaliações sobre o projeto de extensão, pois recebemos jovens e adolescentes pobres do entorno da UFT, e devemos recebê-los bem, sem preconceitos", afirma.

Projeto Capoeira para tod@s

O projeto de extensão nasceu da necessidade de trazer a pauta sobre as questões étnico-raciais e das culturas afro-brasileiras para a discussão central e no ensino na graduação e teve participação decisiva do professor Francisco Félix dos Anjos Carreiro, mais conhecido como Mestre Anzol. Ele foi uma das várias pessoas que sempre perceberam a abordagem dessas questões e das pessoas diretamente envolvidas, na própria UFT, apenas em datas comemorativas, como o Dia Nacional da Consciência Negra, e o esquecimento no resto do ano.

Por isso, Mestre Anzol procurou a professora Fátima Maria de Lima e levou a demanda e a necessidade de integração dos adolescentes e jovens fora da Universidade com a comunidade acadêmica, discutindo as culturas afro-brasileiras sob a perspectiva da capoeira. "A realidade é de muito preconceito com essas culturas e de grande violência no dia-a-dia desses jovens, a maioria negros, que precisa ser mudada", afirma a professora que revela ainda que a construção do projeto durou cerca de um ano. "Nos meus horários de atendimento na UFT dialogávamos sobre a proposta do projeto e fomos redigindo-o, até que chegamos à execução do projeto", afirma.

Atualmente, o projeto conta com três principais responsáveis. A professora Fátima é a coordenadora e tem a função de fazer a interlocução entre participantes, mestres de capoeira, comunidade acadêmica, estudantes de outras instituições e comunidade em geral. Mestre Anzol é responsável pelos saberes tradicionais e sobre a capoeira da angola e regional, assim como pelos convidados especialistas nesse tema, pelos monitores e instrutores das rodas de capoeira e das oficinas. Além deles, outra pessoa importante é Gilberto Soares da Silva, que divulga as ações do projeto.

Grupo de capoeira - Câmpus de Araguaina (Foto: Divulgação)

O projeto é gratuito, aberto para todos, e envolve rodas de capoeiras, todas terças e quintas-feiras, com 30 vagas. Aos participantes é garantido certificação pelas atividades. A intenção é estabelecer um diálogo de fora da universidade para dentro dela, desconstruindo a centralização do saber. "O Capoeira para tod@s tem relevância social, pois propicia a construção de um espaço de diálogos horizontais na UFT e promove diálogos de saberes tradicionais sobre as Rodas de Capoeira entre os capoeiristas araguainenses, os acadêmicos e a comunidade externa, que porventura venha a participar deste projeto, durante todo o ano letivo de 2017, e, não apenas, em 20 de Novembro, dia da 'Consciência Negra'", ressalta.

Ao todo, o projeto envolverá, além das rodas de capoeira, três oficinas, duas semanas sobre as culturas afro-brasileiras e dois batismos de capoeira.

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