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Evento

Feminismo é debatido na I Semana de Integração da Enfermagem

Publicado: Quarta, 02 de Agosto de 2017, 18h19 | Última atualização em Quinta, 03 de Agosto de 2017, 08h47

Como parte da programação da I Semana de Integração da Enfermagem, ocorreu, na tarde desta quarta-feira (02), no Bloco G do Câmpus Palmas, uma intensa discussão sobre várias pautas do movimento feminista e a interferência da desigualdade de gênero na vida das mulheres. O encontro contou com a participação de estudantes de Enfermagem, além da comunidade acadêmica da Universidade Federal do Tocantins (UFT). A mesa foi composta pelas feministas Aline Kelly Lopes, Dandara Maria Barbosa e Vittoria Regia Sales, que também é integrante do Centro Acadêmico de Enfermagem da UFT.

A estudante Vittoria Regia destacou que até pouco tempo os cuidados com a saúde da mulher estiveram atrelados à função de mãe e dona de casa, por isso existia o Programa Nacional de Saúde Materno-Infantil, sendo a mulher assistida apenas quando estava grávida. "Havia uma noção de que o papel da mulher era de reproduzir e só a partir da década de 80, com o crescimento dos movimentos sociais e a reforma sanitária, é que essa situação muda um pouco e então ´é criado o Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher e da Criança", afirma.

Vittoria Regia pontua que mesmo com essa mudança, os cuidados com a saúde da mulher ainda não foram desvinculados da criança. Muito da mudança nessa política de cuidado com a saúde da mulher se deve ao feminismo, com intensa luta e discussão das necessidades da mulher. "Finalmente foi criado o Programa Integral de Atenção à Saúde da Mulher, que passou a integrar outros pontos como o conhecimento do próprio corpo, métodos anticoncepcionais e de prevenção às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs)", ressalta. A integrante do Centro Acadêmico ainda trouxe como vitória dessa intensa luta a criação de uma disciplina no curso que trata especificamente da saúde da mulher.

Ainda durante o debate, a Aline Kelly abordou que as reformas propostas pelo Governo Federal (reformas trabalhista e previdenciária) prejudicarão ainda mais as mulheres, que muitas vezes têm uma jornada dupla, trabalhando e cuidando da casa. "A gente tem o poder de fala, e temos que denunciar o que está acontecendo de forma que todos se conscientizem". Ela ainda ressaltou que "é muito difícil para o homem entender as necessidades de uma mulher e que é necessário que eles sejam mais solidários e entendam a nossa luta".

A integrante da diretoria da União Nacional dos Estudantes (UNE), Dandara Maria Barbosa, debateu a invisibilização da mulher nos espaços de poder, historicamente ocupados, em sua maioria, pelos homens. "É importante debater as pautas do feminismo porque são pautas que regem nossa vida e o machismo é uma coisa que está muito estruturada na nossa sociedade, enraizada e está presente em todos os espaços, inclusive dos movimentos sociais", salienta. A estudante ressaltou que o machismo é muito forte dentro da Universidade, e nos trotes e calouradas isso é ainda mais evidente.

Evento
A I Semana de Integração da Enfermagem é organizada pelos alunos do curso de Enfermagem da Universidade e a programação segue até esta sexta-feira (04). Ainda hoje, o evento contará com um Luau na Prainha da UFT, que acontece das 17h30 às 22h. Na quinta-feira (03), a programação conta com três debates: "Populações tradicionais no contexto do Tocantins", "A pesquisa científica em Enfermagem" e "Mostra de Relatos de Experiências". A Semana de Integração se encerra com a II Cerimônia do Jaleco, no dia 04 de agosto, às 19h.

Confira a programação completa na imagem abaixo.

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