Projeto “Maturidade e Justiça” leva aula sobre o Escritório Modelo para idosos da UMA

Na tarde desta quarta-feira (26), os alunos idosos da Universidade da Maturidade (UMA) tiveram mais uma aula, como parte das ações do projeto “Maturidade e Justiça”. Com o tema "Escritório Modelo e Acesso à Justiça". A aula, ministrada pelas alunas do curso de Direito, Crislaine Schuster e Ana Caroline Soares, apresentou o funcionamento do Escritório Modelo da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e a importância dos idosos terem conhecimento sobre seus direitos.

Aula ocorreu no auditório da Universidade da Maturidade, em Palmas (Foto: Paulo Teodoro/Divulgação)

De acordo com Crislaine Schuster, o Escritório Modelo é integrante do Núcleo de Práticas Jurídicas e funciona sob a supervisão de professores do curso de Direito. No local, várias ações são desenvolvidas como: atendimento ao cliente, prestação de atendimento imediato, conciliação, elaboração de peças processuais e o acompanhamento destes.

Os alunos do curso, a partir do sétimo período, devem cumprir 240h no local e a ideia é que ocorra a aplicação de todo o conteúdo teórico em práticas jurídicas. O Escritório é voltado para pessoas de baixa renda e pode assim promover a cidadania e o papel social através do atendimento jurídico. Crislaine ressalta que a aula foi importante para trazer conhecimento aos idosos sobre a instituição e como ela existe para ajudá-los. "Nós tínhamos a ideia de trazer o atendimento do Escritório Modelo para os idosos da UMA justamente por essa falta de conhecimento dos direitos por parte deles. Fizemos um questionário e a maioria deles não sabia da existência dessa iniciativa do curso de Direito da UFT", afirma.

Maria Nadir era uma dessas alunas que não conhecia o Escritório Modelo. Ela destaca que essa segunda ação do “Maturidade e Justiça” vem para concretizar a primeira já realizada no projeto. "A palestra foi excelente e deixou a gente por dentro do assunto que nós não entendíamos bem". A idosa até pouco tempo estava com um problema jurídico e contou com o apoio dos participantes do projeto para resolvê-lo. "O que eu fiz foi pedir uma ajuda, de um problema que demandaria meu deslocamento até minha cidade. Agora está tudo bem e tanto eu, como meus colegas, estamos satisfeitos com essa iniciativa", finaliza.

Ainda na aula, a professora Renata Rocha salientou que boa parte do preconceito sofrido pelos idosos parte da ideia de que eles já não são capazes de gerar dinheiro. "Esse pensamento transforma os idosos em produtos, como se a única coisa que pudessem produzir fosse dinheiro, e esquecem de outros valores humanos". A professora ainda trouxe para todos o desejo de que essa parceira entre Escritório Modelo e UMA se torne permanente.

Ao final da aula, os alunos responderam questões sobre o conteúdo passado a eles para que ocorresse a fixação do assunto. Na próxima quarta-feira (03), os idosos serão levados à Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE/TO) para a solução de casos mais complexos e para conhecer as atividades da instituição.