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Jornalista: o elo do cidadão com a informação

Por Virgínia Magrin | Publicado: Quinta, 07 de Abril de 2016, 10h10 | Última atualização em Terça, 13 de Setembro de 2016, 14h01

A origem certa do jornalismo é controversa. Há quem diga que a profissão nasceu com o lendário imperador romano Júlio César, que teria criado o primeiro jornal do mundo para divulgar suas conquistas e feitos militares. Já no Brasil, de acordo com Vilson Antônio Romero, o marco inicial é o ano de 1808, quando passou a circular, em 1º de junho, o Correio Braziliense, editado em Londres por Hipólito José da Costa Pereira Furtado de Mendonça.

Em 1918, surgiram as escolas qualificadas ligadas ao primeiro congresso de jornalistas; já em 1938 saiu a primeira regulamentação da profissão; em 1947 a Faculdade Cásper Líbero fundou o primeiro curso de Jornalismo no Brasil, e só em 1969 foi reconhecida juridicamente a necessidade de formação superior, que dez anos depois foi aperfeiçoada pela legislação de 1979.

Desde então, muitas coisas mudaram e a luta pela regulamentação da profissão é permanente. Em 2009, o Supremo Tribunal Federal derrubou a exigência do diploma; em abril de 2015, o Senado aprovou a proposta de emenda constitucional 33/2009, que estabeleceu, novamente, a exigência do diploma de curso superior em jornalismo como requisito para o exercício da profissão de jornalista. Entretanto, como explica a presidente do Sindicado dos Jornalistas do Tocantins (Sindjor), Socorro Loureiro, a medida ainda precisa passar pela Câmara, para depois ser sancionada pela Presidência da República.

A verdade é que mesmo sem a obrigação legal garantida, é recomendável ter o diploma para exercer a profissão e vários órgãos e empresas exigem o mesmo. “É indispensável a formação de nível superior como tributo para a evolução do conhecimento humano, aliando a  aplicabilidade teórica à prática, numa área em que a sensibilidade deve permear todos os momentos da atividade jornalística, com a informação e o emprego da ética na garantia da liberdade e dos direitos individuais”, ressalta Loureiro.

Para a professora de Ética do curso, Lúcia Helena, o Brasil é uma democracia ainda engatinhando e o diploma de Jornalismo qualifica não só as práticas jornalísticas, como também a política, qualificando através da ética o próprio direito à liberdade de expressão.

Mercado de trabalho – O que fazer dentro do jornalismo? Se você é daqueles que imaginam o jornalista dentro de uma redação escrevendo, ou de um repórter na rua fazendo matérias e apresentando telejornais, entenda que o jornalismo evolui muito e vai muito além dessas imagens tradicionais. Você pode sim trabalhar nos meios de comunicação de massa – televisão, rádio, jornais, revistas, sites – em funções como as de repórter, editor, produtor ou fotógrafo; você pode ser assessor de imprensa de órgãos públicos, empresas privadas e pessoas públicas; mas você pode também criar algo novo, empreender. O advento da internet tem contribuído muito para isso.

Foi este o caminho escolhido pelo egresso da UFT, Diego Engenho Novo. Di, como é conhecido, foi músico durante a faculdade de Jornalismo e, quando se formou, focou em encontrar seu próprio caminho dentro da comunicação. “Não me via em redação, morria de tédio de assessoria, não era por ali. Migrei aos poucos para a produção de conteúdo. Durante a faculdade descobri que gostava mesmo de escrever, foi lá, entre uma aula e outra que criei meu blog e comecei a descobrir meu próprio estilo. Mais do que escritor, eu me sinto um empreendedor mesmo.” Explica ele.

Graziela Guardiola, também egressa da UFT, trabalhou em jornais impressos, TVs, revistas, sites, assessorias de imprensa e, em 2009, deu início ao seu próprio negócio. Criou uma empresa de assessoria de comunicação. “Escolhi a Comunicação Social para ser fotojornalista, o que nunca fui. Me apaixonei pela TV, mas meu amor é a Comunicação/Jornalismo. Acredito que a Comunicação pode resolver qualquer problema e transformar qualquer empresa”, afirma Graziela.

Outra possibilidade para os apaixonados na arte de ensinar é seguir carreira acadêmica. Cynthia Mara Miranda fez parte da primeira turma de formandos da Comunicação da UFT, em 2004/2. Durante o curso ela teve a oportunidade de participar de movimento estudantil, movimento feminista, congressos acadêmicos e se envolveu com pesquisa. “Tais oportunidades direcionaram o meu interesse para a carreira acadêmica. Sou realizada com a minha carreira e a base sólida que tive cursando a graduação em Jornalismo na UFT foi fundamental para as escolhas posteriores. É muito gratificante ser professora do curso que estudei e também agora de ser professora do Mestrado de Comunicação”, comenta ela.

Já o egresso, Sydney Neto, desde que começou estagiar na área se encantou com o telejornalismo, passando pela reportagem até chegar na edição de um jornal. “Mesmo sendo diferentes os desafios sempre vão existir. O que determina o nosso sucesso é a forma como enfrentamos as dificuldades da nossa profissão. Hoje (e sempre) temos que estar abertos para as mudanças tecnológicas que estão reconfigurando a nossa profissão e mudando a forma de atuação. A cada dia somos mais multimídia!”, destaca o jornalista e editor.

Sobre o curso – Oferecido no Câmpus de Palmas, o curso de Jornalismo da UFT tem como objetivo preparar profissionais capazes de sistematizar, organizar e divulgar as informações de interesse público, atuando nas diversas mídias, com competência teórica, técnica, tecnológica, ética, estética e crítica.

A intenção, explica Valquíria Guimarães, coordenadora do curso, é “combinar conteúdo de natureza científica, fundamental para propiciar ao profissional uma compreensão dos fenômenos sociais e humanos com que irá se deparar; e conteúdo de natureza técnica, concernente às formas de acessar fontes de informações e métodos de construção de notícias, bem como de controle dos instrumentos e meios de difusão”.

Em 2013, foram instituídas as Novas Diretrizes Curriculares do curso de Jornalismo, que passaram a constituir a graduação dissociada da grande área da Comunicação Social, sendo assim necessário a reestruturação da concepção do curso e sua matriz curricular. Para se adequar às novas diretrizes, o curso reformulou seu Projeto Pedagógico do Curso (PPC).

Edna Mello, professora do Colegiado que fez parte da comissão de mudança do PPC, explicou que a partir de agora serão oferecidas opções mais ajustadas ao contexto atual em que vivemos, como a inclusão das disciplinas de Webjornalismo, Jornalismo Multimídia e Crítica da Mídia, além da renovação de conteúdos para um curso mais prático e dinâmico. “Outra novidade é a obrigatoriedade do Estágio Supervisionado, em que o aluno terá que exercer a prática jornalística de 240 horas no mercado profissional. Essas mudanças têm o objetivo de formar um jornalista com múltiplas habilidades, capaz de trabalhar em equipe no emprego formal ou de gerenciar seu próprio negócio e, principalmente, de servir à comunidade com ética e compromisso”, afirma Mello.

>>> Saiba mais acessando www.uft.edu.br/jornalismo.

Estude na UFT


·         Grau: Bacharelado
·         Modalidade: Presencial
·         Regime: Semestral
·         Turno: Matutino e noturno
·         Carga horária: 3.000 horas
·         Duração mínima: 8 semestres
·         Forma de Ingresso: Sisu/Enem
·         Conceito Enade: 4 (2012)
·         Conceito de Curso: 4 (2012)
·         Avaliação Guia do Estudante:  3 estrelas

Pós-graduação – Você que já concluiu a graduação e quer dar continuidade aos estudos, na UFT tem opções para diferentes gostos. O Mestrado em Comunicação e Sociedade foi recentemente aprovado pela Capes e a primeira turma inicia as aulas no próximo dia 8 de abril. Há também a especialização em Ensino de Comunicação/Jornalismo: Temas Contemporâneos; além dos cursos interdisciplinares que a instituição oferece, tal como o Mestrado e Doutorado em Ciências do Ambiente e o Mestrado em Desenvolvimento Regional.

 

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