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Tocantinópolis

Exposição evidencia o cerrado e o patrimônio cultural dos povos Timbira

Publicado: Terça, 23 de Mai de 2017, 17h47 | Última atualização em Quarta, 24 de Mai de 2017, 20h09

Com início nesta quarta-feira (24), no Câmpus de Tocantinópolis, a exposição "O Paiz Timbira" pretende divulgar e enaltecer o patrimônio cultural dos povos Timbira e a sua relação sustentável com o cerrado. A exposição segue até sexta-feira (26). O evento é promovido pelo Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid), do curso de Ciências Sociais em parceria com a Coordenação de Cultura da Prefeitura Municipal de Tocantinópolis. 

A exposição contará com 40 cartazes, entre textos e fotografias, que demonstrarão o modo desses povos de ser e de se relacionar com o mundo. O professor de Ciências Sociais Wellington da Silva, que faz parte da equipe organizadora, conta que com o sucesso da primeira exposição em 2014 surgiu a iniciativa de trazê-la novamente, já que muitos alunos não tiveram acesso à primeira. “Achamos que o conhecimento dos povos Timbira possibilita o entendimento da própria história e cultura regional, que resulta, principalmente aos alunos não indígenas, na superação de preconceitos e estereótipos sobre os povos indígenas, especialmente aqueles que habitam e circulam por essa cidade”, explica.

Silva também menciona a importância dessa exposição para os alunos de licenciaturas. “O conhecimento trazido pela exposição também será útil para os futuros professores que sairão do Câmpus, pois o desafio de educar nas escolas indígenas exige um conhecimento mais aprofundado da história e cultura desses povos”, pontua.

A exposição encerrará na sexta-feira com a palestra “Povos Timbira: Reflexões sobre história e cultura”, às 16h. A palestra será proferida pelo professor Odair Giraldin, do colegiado de História, e por Cassiano Apinajé, professor da Escola Indígena Mãtyk. De acordo com Giraldin, a palestra abordará sobre a dificuldade existente no Brasil em incorporar valores culturais estéticos dos povos indígenas na cultura brasileira. “No Brasil, mesmo que digam que há uma mistura das matrizes africana, indígena e europeia, o que se vê na cultura brasileira é uma matriz europeia, pois no nosso país há discriminação contra os povos indígenas”, afirma

 

Povos Timbira

Timbira é o nome que designa o conjunto de povos formados pelas etnias Krahô, Gavião-Pykobjê, Krikati, Apinajé, Canela-Apãniekra, Canela-Ramkokamekra, Kreje, Krepynkatejê, Gavião-Pàrcatejê. Os grupos Timbira estão localizados nos estados do Maranhão, Pará e Tocantins e podem ser identificados pelas suas características comuns, como a língua, o corte no cabelo, as rodelas auriculares, a aldeia circular e a corrida de toras. Atualmente, a população Timbira está numa estimativa de 10 mil pessoas, distribuídas em 63 aldeias e 7 terras indígenas.  (com informações do Livreto O Paiz Timbira, do Centro de Trabalho Indigenista e Centro Timbira de Ensino e Pesquisa Pënxwyj Hëmpejxà)

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